O parlamentar afirmou que a região Sudeste é contra também por ter “o poder da mídia”, concentrando os grandes conglomerados de comunicação, os quais definem a questão como a “farra da emancipação”, tese contestada pelo peemedebista.
Carlomano deixou claro que defende apenas que os distritos “maduros” sejam alcançados à condição de município. “Tem que ter a lei que evidentemente tenha requisitos para que os distritos maduros ganhem liberdade política e administrativa”, justificou.
Segundo ele, no Ceará, no seu entender, não passa de 10 distritos os que estão aptos atualmente para conseguir o status de município. O parlamentar reconheceu, por outro lado, que os distritos cearenses que foram emancipados, hoje são bem equipados e desenvolvidos.
Em aparte, o deputado Neto Nunes (PMDB) disse que se junta a todos os que defendem o fortalecimento dos municípios, afirmando que emancipar “é distribuir renda”. Ele afirmou que quem anda muito pelo interior pode ver que existem muitos distritos com condições de serem emancipados e que não podem mais ser sustentados pelos municípios-mãe.
Na mesma linha, o deputado Lucílvio Girão (SDD) afirmou que é a favor da emancipação, destacando o desenvolvimento de municípios que antes eram distritos, como Morada Nova, que é uma grande cidade. O deputado Antonio Carlos (PT) também se colocou em defesa do projeto emancipacionista, afirmando que os distritos com condições de serem emancipados não podem ser prejudicados pela visão de um segmento que vê tudo pela lógica da corrupção.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) mencionou o êxito do município de Maracanaú e defendeu que distritos como Jurema, por exemplo, devem ser emancipados. O deputado Júlio Cesar (PTN) criticou proposta idealizada pela ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), que altera os critérios para a emancipação, como a que estabelece quantidades mínimas de habitantes, definindo 15 mil para o Nordeste. “O mais absurdo é que aumentaram a área do novo município para 200 quilômetros quadrados. A lei já vai ser morta para o Nordeste. Ninguém vai se viabilizar”, queixou-se.
O deputado Dedé Teixeira (PT) também contestou a proposta da ministra. “Nós fomos mais uma vez golpeados. É esdrúxula essa proposta”, disse.
LS/JU