A parlamentar informou que o Conselho realizou uma diligência em maio do ano passado. Na ocasião, conforme observou, foram verificadas “diversas irregularidades”. Entre elas: número insuficiente de profissionais de enfermagem e a ausência total de um local de repouso para enfermeiros na UTI. “Havia apenas oito camas para todo o corpo profissional de plantão - enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, profissionais de limpeza, pessoal de aleitamento etc.”, disse.
De acordo com Eliane, a direção do HGF foi notificada, com o objetivo de apresentar solução para as irregularidades, “que ferem a legislação específica da área e as resoluções do Conselho Federal de Enfermagem”. Na visita mais recente, “o Conselho observou que estava sendo estruturada uma área destinada ao descanso dos profissionais de enfermagem. No entanto, como no momento da visita o setor estava em obras, não foi possível verificar as condições das instalações. Até o momento, segundo denúncias que recebemos, os profissionais daquele hospital ainda não contam com o espaço estruturado e adequado de repouso”, afirmou.
A parlamentar disse que recebeu diversas denúncias de profissionais que relatam a falta de planejamento e organização na gestão do setor de enfermagem, “o que submete os profissionais a situações de dificuldade e estresse”. A gerência do setor, ainda conforme seu relato, “não vem sendo feita por um profissional da área de enfermagem, conforme prevê a legislação”.
A deputada disse ainda que foi feito um abaixo-assinado, com 922 assinaturas, no qual os profissionais reivindicam a permanência do quantitativo de um enfermeiro para cada quatro leitos no Centro de Terapia Intensiva do HGF, tendo como principio básico a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada.
Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) assinalou que esse tipo de situação repercute também em outros hospitais. “Mas parabenizo por trazer essa cobrança à tribuna. Os enfermeiros são profissionais de grande importância, assim como os médicos, e merecem tratamento digno, respeito e consideração da população e ainda mais do Poder Público”, frisou.
Já o líder do Governo na AL, deputado José Sarto (Pros), pontuou que a informação que Eliane Novais passou está desatualizada. Segundo ele, “graças a uma política de otimização dos recursos e da estrutura do hospital, não há mais problemas de superlotação e os enfermeiros têm uma nova escala que permite a cada profissional assistir oito leitos”.
PE/AT