A parlamentar estima que as 30 toneladas que deveriam ser entregues no final de novembro aos agricultores cearenses sejam insuficientes. “Vivemos um momento único de emergência. É pouco (o milho) e ainda não vem”, disse. A primeira remessa, também de 30 toneladas, foi distribuída entre 31 mil agricultores. “Não resolveu o problema, mas amenizou o sofrimento do sertanejo”, ressaltou.
Outra dificuldade, segundo a deputada, é na distribuição do grão. A primeira remessa foi para o Porto do Pecém. “Peço à Secretaria de Agricultura do Estado que verifique a logística dessa distribuição. Na primeira remessa, gastou-se muito com aluguel de armazéns”, afirmou. Ela enfatizou a situação de emergência em quase todos os municípios do Estado. “São 177 municípios nessa situação. Só sete estão de fora. É uma situação crítica, que requer a mobilização de todos nós parlamentares”, pontuou.
Fernanda Pessoa destacou ainda o crescimento do Brasil na produção do grão e na exportação. “O País aproveitou a quebra da safra americana e, segundo o Ministério da Agricultura, deve assumir o primeiro lugar na exportação de milho, lugar há décadas dos Estados Unidos. Aqui, no Ceará, nós estamos esperando o milho”, ressaltou.
A deputada comentou ainda sobre o clima do semiárido nordestino, que oportuniza o plantio de frutas. “O sol contribui para que as plantas sejam mais precoces. Nosso Estado tem potencial de até quatro safras por ano”, observou.
Em aparte, o deputado Tino Ribeiro (PSDC) disse que foi procurado por agricultores que também cobraram a chegada do milho. “Produtores e criadores de Cascavel me pediram para cobrar o milho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), que é responsável pela distribuição”, pontuou.
A deputada Eliane Novais (PSB) sugeriu que a questão do milho fosse levada à representante da ONU (Organização das Nações Unidas), que estará visitando o Estado na próxima semana. “A relatora Catarina de Albuquerque vem conhecer o sistema de cisternas de placas em Itapipoca. E poderemos fazer nossos questionamentos sobre temas tão importantes”, acrescentou.
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