Segundo ele, Mandela foi um dos mais importantes sujeitos políticos atuantes em favor da liberdade, chegando a ser ativista pelos direitos da maioria negra. Dois anos depois de entrar na luta armada, Mandela foi preso, em 1962, e condenado à prisão perpétua. “Ele teve sua juventude destruída pelos brancos, mas não abriu mão da sua tenacidade”, disse.
Ele ressaltou que foi na prisão que Mandela consegue construir uma liderança importante, mesmo ficando isolado e tendo direito à visitas de apenas 30 minutos. “Esse processo era para destruir e levar a loucura o preso, mas ele continua lutando, trabalhando pela libertação da África do Sul”, afirmou. O parlamentar destacou que o líder sul-africano era um homem generoso e que saindo da prisão buscou construir um país procurando unir brancos e negros.
Três anos depois de ser liberto, em 1990, Mandela, conhecido por sua postura, chegou a recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1993, por sua atuação nas negociações de paz , instalando uma democracia multirracial na África do Sul. “Ele é um exemplo de liderança mundial, que chega ao poder e não nutre o ódio contra seu algoz. E hoje a África do Sul é o mais importante país daquele continente”, afirmou. Segundo Pinheiro, essa construção não seria possível sem a presença de Nelson Mandela, que “teve um papel fundamental não só na reconstrução e união de seu país, mas também em construir uma cultura de paz no mundo”.
Na avaliação dele, com a generosidade lhe era peculiar, busca construir a pacificação entre os dois grupos (brancos e negros) que se digladiaram, constituindo-se num exemplo da luta pelos direitos humanos.
Em aparte, o líder do Governo, José Sarto (Pros), parabenizou o discurso e reforçou a liderança de Mandela, que era, na seu entender, um “espécie diferenciada de ser humano”. “Mesmo tendo sido massacrado, preso quase 30 anos, não teve um viés de revanchismo, de vingança. Ele é um exemplo para a humanidade e deixa um legado de ética, afora suas lutas contra apartheid por um mundo contra o racismo”, pontuou.
LS/CG