O peemedebista citou reportagem do jornal “O Globo” que relata a suposta superdosagem de antibiótico prescrita por um médico estrangeiro a um paciente no Rio Grande do Sul. O argentino Juan Carlos Cazajus, que atua há 15 dias no Mais Médicos, receitou o uso intensivo do Azitromicina 500mg, numa dose muito superior à recomendada pela literatura médica. O caso está sendo investigado pelo Ministério da Saúde.
Segundo o deputado, o problema não representa um erro médico, mas a dificuldade de entendimento pelos profissionais estrangeiros. Para ele, é preciso um acompanhamento rigoroso dos participantes do programa. “É preciso que o Conselho Regional de Medicina acompanhe rigorosamente o trabalho desses profissionais. O programa tem seu valor, mas os médicos têm que dominar a maneira de se expressar do brasileiro. É preciso que o médico tenha condição de perguntar, entender e ser entendido”, defendeu.
Ainda sobre o Mais Médicos, o deputado abordou a medida provisória 621/2013, que institui o programa e que deve passar por votação hoje no Senado. “O Mais Médicos tem suas deficiências do ponto de vista da contratação, mas é importante quando exige que os profissionais fiquem um ou dois anos na saúde pública para que possam fazer residência”.
SEGURANÇA PÚBLICA
Carlomano tratou ainda sobre a falta de punição aos menores infratores. “O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi um grande erro. O menor de 17 anos, faltando um dia pra completar 18, comete um crime e nada acontece”, disse o deputado, que pediu uma revisão à lei complementar n°98, que dispõe sobre a criação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário. “A lei algemou os policiais, todos ficaram com medo da controladoria, precisamos rever essa lei”, disse ele.
O parlamentar relatou a falta de policiais no distrito de Aruaru, em Morada Nova, e em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. “Eu vou pedir uma audiência com o secretário de Segurança Pública para exigir uma providência para a falta de policiamento. Pacatuba não tem um soldado, um sargento, nada pra dar o mínimo de segurança aos moradores”, esclareceu o deputado.
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