De acordo com a deputada, há denúncias de pessoas que foram agredidas por balas de borracha, gás lacrimogênio e spray de pimenta. Ela declarou também que, mesmo que o Tribunal de Justiça tenha autorizado a retirada dos ocupantes do parque, há denúncia de que não havia presença de um oficial de Justiça determinando a desocupação, “numa completa ilegalidade”.
A deputada também criticou a nota da Prefeitura de Fortaleza, que, segundo ela, dava menor importância às árvores retiradas do parque. “Quando se tiram 90 árvores, quebra-se todo o ecossistema e há um desequilíbrio”.
Segundo a parlamentar, a nota oficial da Prefeitura de Fortaleza teria faltado com a verdade, ao dizer que a desocupação foi tranquila e que ninguém foi ferido. “É uma declaração no mínimo desrespeitosa e infeliz. O prefeito está completamente equivocado e produziu uma declaração desdenhosa”, disse. Para Eliane, a ação dos agentes públicos foi “covarde, desproporcional e truculenta”.
A deputada explicou que a ação foi realizada fora do horário comercial e com atos contra a integridade física dos manifestantes. Ao mesmo tempo, havia um pedido do Ministério Público, por meio do procurador Oscar Costa Filho, pedindo a paralisação da obra, “enquanto perdurar a discussão sobre o impacto” dela.
Conforme a deputada, serão solicitadas informações à prefeitura sobre a operação. “Estamos em clima de tensão. Espero que o diálogo não seja esgotado de forma agressiva. Que a gente lute pelo diálogo. Todos querem um processo participativo, com universidades, professores e ambientalistas, para que se encontre uma solução”, frisou deputada.
JS/AT