“A vaia comeu porque ela não teve a fortaleza de tomar uma medida séria e tentar reestruturar o repasse do FPM”, disse, relatando que os prefeitos vivem de “pires nas mãos, esmolando um FPM diferenciado”. Segundo ele, quase 60% dos municípios vivem “à custa do FPM”. “O FPM não é favor não, é uma obrigação constitucional”, disse.
O parlamentar tucano defendeu a reestruturação diferenciada do fundo, sob pena de os municípios entrarem em inadimplência geral. Ele lembrou que a promessa de adequar o fundo foi feita ainda no início a gestão do ex-presidente Lula, que, ao contrário, acabou “piorando” a arrecadação quando tirou o (IPI) Imposto sobre Produtos Industrializados da linha de eletrodoméstico e veículos. “O ex-presidente Lula foi eleito emblematizando a reforma no FPM que se tornaria mais justa a distribuição de recursos”, recordou.
Em aparte, o deputado Dedé Teixeira (PT) deixou claro ser favorável se discutir a distribuição do FPM e disse que se Dilma tivesse prometido aumentar o repasse muitos diriam que a ação tinha viés eleitoreiro. “Eu estava dentro do auditório (onde ocorreu a audiência com prefeitos) e muitos prefeitos queriam só conversar sobre FPM”, disse, ressaltando, no entanto, a ajuda anunciada pela presidente aos municípios, notadamente para as áreas da saúde e educação.
O deputado Idemá Citó (PSD) destacou a necessidade de que Dilma tome “medidas mais energéticas que estão nas suas mãos”. Ele defendeu a reforma política, reclamou da grande quantidade de ministérios em seu governo “para dar sustentação política” e da falta de oportunidade para que pessoas com poucas condições financeiras possam se candidatar. “Quantas pessoas estão querendo entrar na política e não tem condições financeiras”, lamentou.
O deputado Perboyre Diógenes (PMDB) acusou Dilma de tomar medidas populistas quando anunciou a constituinte e em seguida o plebiscito para a reforma política. Na saúde, ele se queixou da corrupção, má-gestão e falta de dinheiro para investir na área. Criticou ainda a importação de médicos. “Médicos temos muito. O que precisamos é ter uma carreira para esse profissional”, defendeu.
LS/CG