“Se alguém não conhece o conteúdo do projeto, fica mais fácil fazer proselitismo, que é a tentativa de converter, através de empenho ativista, várias pessoas a uma determinada causa”, afirmou a parlamentar.
Conforme disse, o projeto mantém a primeira parte do art. 3º da resolução do Conselho Federal de Psicologia, determinando que os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homossexuais. Susta o parágrafo único que afirma que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham o tratamento e cura.
Já o art. 4°, ainda conforme a deputada Dra.Silvana, proíbe a liberdade de expressão desses mesmos profissionais. Segundo a parlamentar, o que na realidade foi sustado foi a tentativa de mordaça contra a liberdade de expressão e pensamento. “Chamar essa iniciativa de cura gay é um delírio autoritário”, assinalou.
A parlamentar citou ainda três trechos da Constituição Federal que asseguram o livre exercício da profissão, pensamento e expressão. “Ser homossexual é uma escolha. Esse projeto não fere nada”, avaliou a deputada. “O que se quer estabelecer é um padrão, que todos devem pensar da mesma forma. Querem colocar que quem pensa diferente é homofóbico”, salientou a parlamentar.
Em aparte, o deputado Antonio Carlos (PT) discordou da opinião da colega deputada. “A senhora tem todo o direito de expressar seu ponto de vista e, na minha compreensão, o debate constrói a democracia. Mas acho isso um retrocesso. Se esse projeto continuar, as passeatas irão até o Congresso com força maior”, considerou o petista.
LA/JU