Com base em dados de uma matéria do jornalista Fábio Campos, o parlamentar informou que, em 2007, no início do Governo de Cid Gomes, foram assassinadas 991 pessoas em Fortaleza. Os homicídios já alcançavam uma taxa de 40,3 por cada 100 mil habitantes. Já em 2008, foram 888 homicídios, 103 a menos, e a taxa caiu para 36,6. Em 2010, o número de homicídios cresceu: foram 1.125 assassinatos para uma taxa de 45,9 mortos por cada 100 mil habitantes. De 2007 para cá, os números tiveram crescimento expressivo, chegando a 1.628 assassinatos ocorridos em 2012. “Esses números representam quase o dobro de 2008”, disse.
“Os índices são alarmantes, esse é um problema estrutural, mas há uma responsabilidade da gestão atual sobre essa situação. No início do Ronda do Quarteirão houve até uma redução, mas o que estamos observando é um aumento assustador e um despreparo dos agentes”, disse, reconhecendo, no entanto, o esforço do governador Cid Gomes.
O parlamentar citou o caso de dois jovens no bairro Elley, na madrugada do último dia 27, que, por uma ação contestável dos policiais, tiveram suas vidas ceifadas. “Eu não teria a irresponsabilidade de dizer que o tiro partiu de A ou B, porque isso está sendo apurado. Mas esse ponto requer debate sobre a formação dos nossos agentes de segurança pública”, pontuou, cobrando transparência e a rigidez necessária na investigação do caso.
Em aparte, o deputado Sérgio Aguiar (PSB) reiterou a preocupação com a segurança, mas apontou os investimentos e avanços obtidos na área. Ele lembrou que alguns municípios contavam com apenas três ou quatro policiais nas ruas e agora, com os novos mil policiais contratados, esse déficit vai ser reparado.
Em relação ao despreparo dos agentes, o parlamentar destacou que agora a Academia de Polícia está reforçando uma formação de essência militar. “O combate (à criminalidade) tem sido incessante e, num futuro breve, vamos colher os frutos”, afirmou.
LS/CG