O parlamentar criticou o silêncio de Jair Bolsonaro sobre o resultado do segundo turno, e o associou aos bloqueios de estrada protagonizados por “algumas dezenas de bolsonaristas fanatizados que não aceitam o resultado das eleições”. “É um grupo golpista minoritário que não aceita o resultado das eleições, e tem esse sentimento validado pelo silêncio de Bolsonaro”, apontou.
Em sua avaliação, a eleição de Lula foi histórica por muitos motivos. Ele destacou os quatro anos de tentativas de Bolsonaro de plantar desconfiança quanto à credibilidade do sistema eleitoral. “Foram mudanças na Constituição Federal, uso ilegal da máquina pública, o uso do aparato policial - inclusive no dia do segundo turno, com a tentativa de barrar o translado dos eleitores para seus locais de votação”, pontuou.
A instituição da fábrica de fake news, conforme Roseno, fica como o principal desafio à democracia contemporânea, “algo que, nesse momento, nem o Direito e nem as tecnologias conseguiram conter”.
Roseno enalteceu o voto popular, e salientou que mesmo com todo esse aparato para confundir o eleitor, Bolsonaro “perdeu”. “Perdeu porque foi um péssimo presidente, que desdenhou da pandemia, e nunca teve consciência do que é ser um chefe de Estado. O povo brasileiro sabe disso, e por isso deu mais de 60 milhões de votos a Lula”, argumentou.
Em aparte, o deputado Salmito (PDT) concordou que “a vitória de Lula é uma vitória da democracia”. Para ele, o Nordeste “é a face mais cristalina do Brasil que conheceu seus direitos, garantidos pela Constituição de 1988, mas muitos só regulamentados no primeiro Governo Lula”. “Essa foi a eleição da esperança, e a escolha da maioria foi pela defesa da nossa democracia”, disse.
PE/CG