De acordo com o parlamentar, especialmente até 2016, o Brasil sempre teve eleições marcadas por antagonismos e divergências de projetos políticos, mas o que vem acontecendo nos últimos anos não pode ser considerado como uma polarização.
“O que tem acontecido no Brasil, em especial nos últimos seis anos, não pode ser chamado de polarização, pois é algo mais grave. O que estamos vivendo é fruto de um desmonte democrático e da ascensão autoritária, permitindo o crescimento de uma fração da extrema direita, baseada em fake news, desinformação, ultraliberalismo econômico, ideias armamentistas e reacionarismo moral”, apontou Roseno.
O deputado enumerou diversos episódios de violência cometidos por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, em diferentes regiões do País, por motivos de divergência política.
Segundo ele, não se pode conceber a violência política e avaliar casos assim como episódios de polarização. “Não se pode falar em polarização quando há um lado matando e outro lado morrendo. Não há sinal de igualdade quando temos um lado que faz discurso de ódio, de armamentismo, de violência e o outro lado defendendo a democracia”, salientou o deputado.
Em seu pronunciamento, Renato Roseno também defendeu a necessidade de fortalecer as políticas de saúde mental no Estado, para que elas sejam abrangentes e permitam a diminuição dos efeitos causadores de suicídio.
Em aparte, o deputado Carlos Matos (União) avaliou que a temática da saúde mental impõe respostas novas, entendendo que as políticas públicas sobre o tema ficaram defasadas. “A mente é o tesouro mais precioso da vida, e sem cuidar da saúde mental teremos pessoas com uma péssima qualidade de vida”, considerou.
Já o deputado Pedro Lobo (PT) lamentou que o Brasil esteja “vivenciando uma verdadeira onda de violência política”, citando o caso de um servidor público executado dentro de um veículo no município de Potengi nos últimos dias, fruto de um clima de tensão política na região.
RG/LF