O debate sobre a exclusão de Maracanaú do Plano Nacional de Enfrentamento aos Crimes Violentos norteou a maior parte da sessão de ontem na Assembleia Legislativa. Para o deputado Heitor Férrer (SD) a oportunidade de contemplar Maracanaú com um projeto-piloto de segurança pública foi perdida por “vaidade” e “politicagem”.
Segundo Heitor Férrer, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, André Costa, teria justificado a recusa por entender que a escolha por Maracanaú teve caráter político, já que a administração local é de oposição ao Governo do Estado. Ainda para ele, “um governador de Estado não pode se dar ao luxo de ser tão pequeno, medíocre e antipovo, agindo pela vaidade e por picuinha, e não pensando no número de pessoas mortas no Ceará diariamente”.
Para o deputado Vitor Valim (Pros) não foram questões políticas que motivaram a retirada da escolha de Maracanaú para receber o projeto. “Foi por falta de competência na gestão da política pública que perdemos este investimento”, assinalou.
Já o deputado João Jaime (DEM) comentou que quem deve explicações sobre a situação é o General Theophilo. “Quem está politizando toda esta situação é o general, que ocupa um dos cargos mais importantes da República neste momento, e não apresentou os critérios para a escolha das cidades”, pontuou.
Defesa
No final da sessão, Júlio César Filho (PPS) voltou a comentar sobre o assunto e esclareceu que seu papel é defender a posição do Governo do Estado, que se colocou à disposição do Governo Federal para atender demandas necessárias para tornar o município de Maracanaú apto a participar do programa.
O parlamentar informou que protocolou requerimento solicitando à Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) as demandas que “supostamente foram solicitadas ao Ceará e não foram atendidas”. “Não houve nenhum documento que formalizasse nossa participação no programa, apenas palavras, e o secretário General Teophilo não teve força para manter sua palavra”, disse.