Quem elege os corruptos
Na sessão de ontem, da AL, o deputado Osmar Baquit (PSD) fez, na tribuna, observação passível de sérias reflexões da parte da sociedade, em que se incluem políticos, imprensa, cidadãos comuns e mais diretamente os eleitores. Para Baquit, se existe um crescente agravamento no descrédito da classe política, tem a ver com o processo de desconstrução do sistema político brasileiro, fenômeno que tem como principal agente o eleitorado. Por conta do desmoronamento ético e moral do modelo político e eleitoral do País, o eleitor, mais e mais, vem se tornando relapso no momento mais importante em que a sua cidadania é solicitada para escolher os seus governantes e representantes.
Como se estivesse diante da fatalidade de que todos os candidatos são iguais, o eleitor não mais diferencia o corrupto do honesto, o “ficha-suja” do idôneo. Na interpretação desse fenômeno destrutivo de qualquer sociedade, coloca-se, com razão, grande parte da culpa à falta de capricho dos partidos políticos, que em sua gana de poder, acolhem mais joio que trigo. O mais grave é que, para amenizar efeitos deletérios da votação irresponsável, o remédio mais eficiente seria a educação orientadora do eleitor. Seria, se a cidadania fosse matéria obrigatória nos currículos escolares e se os homens públicos responsáveis por atos condenáveis tivessem a punição que merecem. Num país onde ex-presidentes acusados de crimes contra a Nação são consagrados em atos públicos e onde corruptos explícitos são sustentáculo de um presidente à margem da lei, o eleitor, desencantado, deve se julgar com o direito de sujar seu voto em quem quiser.
Defesa Na AL, o deputado Carlos Matos (PSDB), referindo-se às criticas de Ciro Gomes a Tasso, declarou que “o senador é homem sério e correto, e que Ciro no mínimo está desinformado.”