Tema recorrente no plenário da Assembleia Legislativa, o crescimento da violência voltou a dar o tom de discursos dos deputados estaduais na manhã de ontem. O deputado Carlos Felipe (PCdoB) foi um dos que manifestou preocupação com o crescimento dos índices de violência no Ceará.
Segundo o parlamentar, nos últimos dois anos, o Estado conseguiu apresentar redução significativa na criminalidade. Entretanto, em 2017, houve uma retomada no aumento de assaltos e homicídios.
Para o deputado, o momento exige reflexão por parte dos órgãos de segurança do Governo do Estado. “Não podemos deixar de reconhecer o esforço que o Governo vem fazendo na questão da segurança pública, com ampliação do Raio, instalação de delegacias 24h, aumentos salariais de policiais, dentre outras conquistas”, reconheceu.
O deputado avaliou, porém, que, enquanto houve um crescimento na apreensão de entorpecentes e armas realizadas pelo aparato de segurança do Estado, a curva de crimes também tem aumentado. “Precisamos de uma saída e de uma melhora para a nossa segurança, pois percebemos que existe um trabalho sendo feito, mas a violência continua alta, e não podemos admitir que o Estado volte a ser campeão nacional neste quesito”, alertou Carlos Felipe.
Ao concordar com as palavras de Carlos Felipe, o deputado Capitão Wagner (PR) defendeu que o Parlamento comece a discutir a necessidade de armamento das guardas municipais. “No município de Diadema, em São Paulo, temos um exemplo bem-sucedido desta prática, com resultados satisfatórios e redução de homicídios”, informou Capitão Wagner.
Já a deputada Augusta Brito (PCdoB) endossou a preocupação com a violência no Estado, mencionando a situação do município de São Benedito. “Houve o assassinato de um adolescente, no final de semana, após reagir a um assalto. A região da Ibiapaba tem um efetivo policial muito reduzido, com cidade que conta apenas com três policiais”, afirmou.