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Agravamento da seca acirra debate na Assembleia - QR Code Friendly
Quarta, 09 Novembro 2016 05:43

Agravamento da seca acirra debate na Assembleia

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A preocupação com mais um ano de seca no Ceará ganhou espaço na sessão de ontem, no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado Ferreira Aragão (PDT) cobrou providências por parte do governo federal. O parlamentar destacou ser necessário um “plano de emergência semelhante ao desenvolvido durante o governo militar, mas, desta vez, utilizando a mão de obra de presidiários em obras hídricas”.   Ferreira Aragão defendeu, ainda, uma mobilização por parte dos governadores nordestinos junto ao governo federal. “Precisamos é de ajuda para atravessar esse período de seca, principalmente da conclusão da transposição do Rio São Francisco”, ressaltou ele, acrescentando “hoje (ontem), acordamos com chuva em Fortaleza, mas ninguém sabe como será no ano que vem. Nossos reservatórios estão no limite e, mais uma vez, o cearense é quem sofrerá”.   O debate sobre a seca, porém, suscitou discussão entre os deputados presentes no plenário. Isso porque, ao comentar sobre as problemáticas da seca, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) saiu em defesa do tio, o senador Eunício Oliveira (PMDB). Daniel rebateu as declarações do governador Camilo Santana, que, em entrevista recente, afirmou que o peemedebista “deveria ter se preocupado com a seca desde o início e não fazer isso como algo dentro da política” ao comentar a articulação de Eunício junto ao Ministério da Integração.   “O governador nunca aparece e quando aparece é para falar besteira. Estamos passando por momentos difíceis de seca e, em vez de buscar soluções, o governador quer minimizar a sua responsabilidade no problema”, frisou o deputado, acrescentando que “antes dele, o governador Cid Gomes, que pertencente ao mesmo grupo político, ficou bastante tempo no Governo. Estamos no quinto ano consecutivo de seca e, com certeza, não estaríamos passando por isso se não fosse a irresponsabilidade desses governos”. O peemedebista Audic Mota também corroborou com as críticas. Danniel Oliveira (PMDB) lembrou que a audiência pública solicitada por Eunício ocorrerá amanhã, em Brasília, com o ministro Helder Barbalho, da Integração. De iniciativa do senador cearense, o encontro reunirá prefeitos de cidades cearenses com problemas com a seca no estado. “Será uma audiência enriquecedora. O senador Eunício, preocupado com a situação de calamidade dos municípios cearenses, convidou todos os parlamentares a participar, junto com os 184 prefeitos do estado, e buscar soluções para a calamidade hídrica”, disse.   Defesa Aliados de Camilo Santana, por sua vez, saíram em defesa do petista e dos governos anteriores. O deputado Osmar Baquit (PSD) pontuou ações do governo do estado para a convivência com a seca. Segundo ele, o governo do estado perfurou poços profundos nos municípios cearenses, fez açudes, além de implantar adutoras de engate rápido e levar carros pipas para os municípios em calamidade. “O importante é que todos colaborem e, com certeza, qualquer debate sobre a seca é válido”, salientou.   Fernando Hugo (PP) também ressaltou as ações de grande impacto do governo do estado para a convivência com a seca. Disse, ainda, que “não é momento de saber quem faz mais ou menos”. “Estamos passando por uma tragédia e é preciso ações para minimizar o sofrimento do povo cearense”, afirmou.   Sem polarização O deputado Roberto Mesquita (PSD), entretanto, lembrou que a questão da estiagem não pode ser partidarizada. “Temos que nos somar ao governador, pois mais um ano de seca se anuncia e quem sofre é o nordestino. É inconcebível que uma obra da magnitude da transposição pare por tanto tempo”, criticou ele.       Crise hídrica gerou cobrança na Câmara Municipal  Os efeitos da seca no Estado do Ceará também motivaram debate na Câmara Municipal de Fortaleza. Os vereadores demonstraram preocupação com as perspectivas nada animadoras para o próximo ano. Primeiro a falar do assunto foi o vereador Acrísio Sena (PT). De acordo com o parlamentar, o Ceará passa por um momento crítico, pois conta com apenas 8,56% da sua capacidade de acumulação. O parlamentar chamou atenção ainda dos senadores, independente da cor partidária, para a situação, que pode chegar a um colapso.   “Acho que esta Casa tem que encarar esse debate dentro da devida atenção que ela exige. A situação é gravíssima e o que mais me preocupa é que parece que a água não está na iminência de termos um colapso”. Para Acrísio, a situação é ainda mais preocupante quando se observa que a maior parte da água é destinada para as indústrias e não para o consumo humano e animal.   Ao repercutir a decisão do governo federal de suspender as obras da transposição do Rio São Francisco, o parlamentar pediu que os senadores, independente de serem oposição ou situação, pressionem o Executivo para conclusão da obra. Acrísio informou que a Câmara realizará audiência com o secretário de recursos hídricos do Estado, para discutir as medidas que estão sendo adotadas pelo governo.   Robert Burns (PTC) criticou o posicionamento do governador Camilo Santana, que, em entrevista recente, culpou o governo federal pela crise hídrica no Ceará. Para o parlamentar, o governo estadual tem sim responsabilidade sobre a situação. Robert também criticou o posicionamento do governo federal, que suspendeu as obras de transposição do Rio São Francisco. “É uma irresponsabilidade muito grande deste governo, pois o povo ficará sem água. Que se comece uma campanha no Estado para resolvermos essa situação”, destacou.
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