Nem mesmo a aproximação do fim da campanha eleitoral no rádio e na televisão fez com que os oito candidatos a prefeito de Fortaleza apresentassem novos programas nos dois blocos de ontem. Na primeira exibição, às 13h, somente Capitão Wagner (PR) e Ronaldo Martins (PRB) exibiram novas gravações. Já às 20h30, Luizianne Lins (PT) e o atual prefeito, Roberto Cláudio (PDT), também apostaram em programas diferentes dos que apresentaram no dia anterior.   Quarto na ordem de exibição ontem, Capitão Wagner voltou a tratar da questão da segurança pública e citou experiências bem-sucedidas em ações de combate à violência em cidades como São Bernardo do Campo e Diadema, ambas em São Paulo, e também na capital da Colômbia, Bogotá.   Em formato de palestra, disse que, nestas cidades, os prefeitos tiveram "a coragem de assumir a responsabilidade fazer efetivamente o serviço direcionado para a segurança pública". Embora tenha voltado a defender o armamento da Guarda Municipal e citado a proposta de motopatrulhamento em paradas de ônibus de Fortaleza, o candidato republicano admitiu que a solução "definitiva" para o problema da criminalidade é a educação.   Já Ronaldo Martins usou seu tempo de televisão para exibir conversas com pelo menos três moradores de diferentes bairros da capital cearense e defender a sinalização dos fotossensores e a criação da Ouvidoria do Bairro. Dois dos fortalezenses ouvidos pelo candidato reclamavam do excesso de multas aplicadas na cidade e um terceiro reclamou do grande número de bairros que compõem cada Secretaria Executiva Regional da Capital. Ele e Capitão Wagner repetiram os programas à noite.   Críticas   Já Luizianne Lins, que à tarde tratou da questão da segurança pública, como havia feito nos dois blocos de segunda-feira (19), e Roberto Cláudio, que às 13h repetiu suas propostas de criação de mais Areninhas, tema que havia tratado na noite do dia anterior, optaram por outras abordagens à noite.   O programa da petista, já no início, destacou a trajetória de vida da candidata - pessoal e política. Luizianne falou de sua relação com a família e também citou sua atuação no movimento estudantil e em cargos eletivos. Dividindo críticas a Roberto Cláudio e Capitão Wagner, ela também afirmou que Fortaleza está dividida, nesta campanha, "entre a mentira e o medo".   Roberto Cláudio, por sua vez, usou o tempo para falar de ações de habitação. Ele destacou que, em sua gestão, foram entregues mais de 13 mil casas populares a fortalezenses, em uma parceria da Prefeitura com os governos estadual e federal, e disse que, se for reeleito, entregará mais 13 mil moradias em quatro anos.   Francisco Gonzaga (PSTU) exibiu o mesmo programa que apresenta desde o último dia 13. Tin Gomes (PHS) também não apresenta uma nova gravação desde o dia 14. Heitor Férrer (PSB) exaltou, novamente, seus 30 anos de vida pública, como qualitativos à Prefeitura.   Último a se apresentar, João Alfredo (PSOL) repetiu, ontem, o programa veiculado na noite de segunda, quando tratou da política cultural que pensa para a cidade, com recursos, editais e participação dos artistas. Ele não usou o tempo de sobras a que tinha direito ontem.