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Cresce cobrança para instalar CPI - QR Code Friendly
Quarta, 06 Abril 2016 04:30

Cresce cobrança para instalar CPI

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O deputado Roberto Mesquita diz que houve "pizza servida pela CPI do DPVAT" O deputado Roberto Mesquita diz que houve "pizza servida pela CPI do DPVAT" ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
Deputados estaduais avançam na ideia de instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o narcotráfico. Apesar de já terem conseguido 40 assinaturas para antecipar investigações sobre o tema, os parlamentares querem aumentar o leque de interesses a serem analisados pelo colegiado, não se limitando ao mercado ilegal de drogas, mas às organizações criminosas que teriam se instalado no Ceará.   O deputado Renato Roseno (PSOL) é um dos que defendem uma CPI mais ampla, justificando que o tráfico de drogas no Estado, envolve, possivelmente, outras atividades, até porque as redes criminosas não são especializadas em uma atividade apenas. "Nós tivemos elevação grande de assaltos no Interior, e isso tem que ser entendido. A hipótese das migrações de bandidos de outros estados me parece cada vez mais forte", disse ele.   Ele voltou a defender a ida do secretário da Segurança, Delci Teixeira, para prestar esclarecimentos sobre o modelo de segurança adotado para inibir ações criminosas no Estado. "O que me preocupa é o silenciamento das comunidades. Isso não é pacificação", criticou.   Vice-líder do Governo, Júlio César Filho (PDT) se disse a favor da antecipação do inquérito, que está na fila logo atrás da CPI da exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo ele, apesar de a Polícia estar fazendo sua parte, a Assembleia também tem que ter papel de destaque sobre o tema. "Sou a favor de antecipá-la e qualquer um que faça parte dessa Casa não deve se intimidar. Temos que investigar, fazer oitivas com os investigados e, depois do relatório final, encaminhar para as devidas entidades competentes".   Descuido   Roberto Mesquita (PSD) lembrou que, apesar da importância da CPI da exploração sexual, outras no mesmo sentido foram feitas pela Assembleia e Câmara Municipal de Fortaleza. Ele destaca a maior necessidade de se investigar o tráfico de drogas no Estado. Membro da CPI do DPVAT, ele lamentou o que chamou de "pizza servida pela CPI do DPVAT" devido ao descaso de alguns órgãos, como a Seguradora Líder e o descuido da direção do colegiado, que perdeu o prazo de fim do inquérito. "Hoje temos uma falsa prorrogação, onde não pode falar, inquirir e, por isso, ela terminou em uma verdadeira pizza", ressaltou.   Tanto Mesquita como Audic Mota (PMDB) disseram que a CPI do Narcotráfico, requerida em abril do ano passado, foi colocada em "orquestração" da base governista para impedir a instalação da CPI do Acquário, sugerida pela oposição. "O próprio fato de instalar essa CPI é uma pizza", ironizou Mesquita.   Wagner Sousa (PR) defendeu que deputados comprometidos com a causa da Segurança Pública devem fazer parte dessa CPI, uma vez que a área deve esclarecer fatos ocorridos recentemente no Estado, como delegacias metralhadas, ônibus incendiados e até a Secretaria de Justiça que sofreu atentado. "Acho que, se forem colocado deputados que têm coragem, a gente vai ter um resultado diferente do que ocorreu na CPI do DPVAT".   Ao contrário dos colegas, o deputado Ely Aguiar (PSDC) disse que está havendo "muita zoada" diante a discussão de instalação ou não da CPI. "O problema está em nossas leis e na falta de fiscalização em nossas divisas", opinou. O presidente da Casa, Zezinho Albuquerque (PDT), disse que só vai discutir a instalação do inquérito na reunião do Colégio de Líderes, que deve ocorrer só na próxima semana.
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