• Nestes últimos dias que antecedem o pleito do dia 5, em cada consulta popular, fica comprovado que o grosso do eleitorado se encontra cada vez mais confuso e indeciso. Há uma perda crescente do entusiasmo pelas campanhas políticas, que já não são mais vistas como sinais seguros de melhora para o povo. Não admira, por exemplo, uma pesquisa, no Ceará, revelar que 68% dos eleitores ainda não têm candidato para a Câmara dos Deputados, e que 64% desconheçam em quem votarão, para a AL. Portanto, os candidatos ainda têm muito espaço para caçar votos, já que, em números redondos, entre 3,4 milhões e 3,6 milhões de eleitores estão “flutuando” sem saber em quem votar ou em quem não votar. Em outros pleitos, a esta altura, 90% já tinham no bolso o número de seus candidatos. Mas por que, exatamente, isso acontece? Há vários motivos, mas, com certeza, o principal deles é a quase total ausência de critério, no Brasil, para se fazerem alianças partidárias. Num programa radiofônico, um ouvinte-eleitor dava a “dica”: “Como posso votar novamente no deputado fulano, se o partido dele se “encangou” com outro partido, que eu e muita gente detestamos?” Em nosso País, além do número exagerado de partidos, a instituição das coligações partidárias segue rumo oposto ao que ocorre em países desenvolvidos. Ali, não se formam alianças sem ter como base a identificação ideológica e os interesses comuns da sociedade. Aqui, formam-se “feixes” de siglas, geralmente para ganhar eleições, “inchar” bancadas, ganhar tempo de TV e abocanhar doações. Pior ainda, entre nós, além das alianças pré-eleitorais, sobrevêm outras, após as eleições, com que, a troco de cargos, formam-se grandes bancadas para mandar no País, nos estados ou nos municípios. Se essa situação não mudar, veremos o eleitorado tornar, por sua conta, o voto facultativo, a começar pelo próximo dia 5.
• A IstoÉ... foi tema ontem, na AL. Oposicionistas usaram a matéria daquela revista envolvendo o governador Cid para atacá-lo. Para o deputado Sarto (Pros), líder do governo, algumas publicações do Sul-Sudeste gostam mesmo é de atacar lideranças do NE que se destacam.
• Afastando - Para o deputado Raimundo Matos (PSDB), foi o excesso de “afinidade” do governo do PT com “repúblicas bolivarianas” da AL, que afastou os grandes investidores estrangeiros.
• Bom projeto...de indicação da deputada Miriam Sobreira (Pros), no sentido da isenção total de ICMS para produtos artesanais, que são o sustento de milhares de famílias cearenses.
• Precipitação - Governo e oposição preocupados: já tem gente querendo mexer com o “vespeiro” em que vai se transformar a sucessão na Mesa Diretora da AL, ganhe quem ganhar para governador.