Ao participar, ontem, de um almoço político promovido pela Associação dos Jovens Empresários de Fortaleza (AJE Fortaleza), o candidato ao Governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), propôs subsidiar créditos para as micro e pequenas empresas do Estado, com o intuito de fomentar o empreendedorismo. O peemedebista foi o terceiro candidato a participar da sabatina, que já contou com a presença dos candidatos Eliane Novais (PSB) e Camilo Santana (PT).
Na ocasião, Eunício ressaltou a recente Lei do Super Simples, da qual foi relator no Senado Federal, e que tem como objetivo desburocratizar e facilitar a abertura e o fechamento de novas empresas no mercado e reduzir as cargas tributárias. “As micros e pequenas empresas representam mais de 50% das empresas existes no Brasil”, frisou, ressaltando que o empreendedorismo vai crescer com a simplificação da lei.
O candidato ponderou ser ainda “obrigação” do Estado, promover a primeira oportunidade para os jovens empresários e assegurou que, caso eleito, irá analisar um conjunto de ações para o primeiro negócio. “Vou procurar encontrar uma solução para essa questão do crédito, que é importante”.
Críticas
Eunício Oliveira criticou ainda não haver, no Estado, nenhuma política que dê segurança aos jovens empresários para abrirem uma empresa, e rechaçou os atuais índices de renda do Ceará, divulgados na semana passada, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Nós temos hoje a menor renda do Brasil de carteira assinada. Estamos perdendo para o Piauí [...]. Os resultados do Pnad mostram que, o salário médio dos cearenses de carteira assinada é de R$ 1.019,00 - enquanto no Piauí é R$ 1.037,00”, recriminou.
O peemedebista destacou ainda, ser o Ceará, “campeão” de fechamento de empresas e microempresas. “Que prioridades são essas? [...] O Estado tem que fomentar, participar e financiar o micro e pequeno empreendedor”, afirmou.
O peemedebista disse aos jovens associados a AJE, que se chegar ao Governo, irá realizar uma reforma administrativa. “Não tem sentido você ter tantas secretárias, não fundir uma secretaria com a outra e não ter uma secretaria que cuide do empreendedorismo e que priorize a juventude”, pontuou.
Processo democrático
Ressaltando acesso de dificuldade a crédito, alta carga tributária e burocracia que a categoria enfrenta para abrir o primeiro negócio, o coordenador geral da AJE, Marcelo Paz, avalia que o “Almoço Político” é de fundamental importância para o processo democrático e para a escolha a fim de que a categoria avalie que tem a melhor proposta para o jovem empresário do Estado. “Um jovem que precisa produzir, que precisa empreender, que precisa de facilidade para montar o seu negócio e que precisa ter estímulo para continuar no processo produtivo”, ressaltou.