Rochana LyvianDa Redação
Grandes empreendimentos do Estado foram discutidos, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, pelo secretário de Infraestrutura do Estado, Adail Fontenele. Na ocasião, o titular da pasta falou sobre os benefícios da construção da ponte do tipo estaiada do parque do Cocó, e enfatizou os impactos da ampliação do Porto do Pecém, conclusão das obras do VLT, além da construção de 500 novas estradas estaduais e a restauração de 700 km das atuais.
De acordo com o secretário de Infraestrutura, a construção da ponte estaiada e do mirante que contará com o apoio do governo federal, onde dos R$ 338 milhões investirá R$ 277, deixando R$ 61 de responsabilidade do governo do Estado, tem como objetivo principal, desafogar as avenidas Sebastião de Abreu e Washington Soares. Segundo ele, o empreendimento tem de ser visto como um “ícone” de Fortaleza, em virtude da arquitetura que terá e da “praticidade que é de dar inveja aos demais que o Brasil possui”.
Em relação às críticas que o projeto vem sofrendo de parlamentares tanto da Câmara Municipal de Fortaleza, como da Assembleia Legislativa, onde alegam que a obra impacta na reserva ambiental do Cocó, Fontenele assegurou que “a ponte não foi pensada de uma hora para outra”, e salientou que o governador procura realizar os empreendimentos com qualidade e estudando todas as consequências.“Temos a certeza que essa ponte que passa sobre o rio Cocó, não vai ofender mais do meio hectare em área de preservação. O sistema de engenharia que será utilizado faz com que ela seja construída sem causar dano nenhum. Não tem nenhum escoramento, um andaime se quer para dar apoio à construção desta ponte. Ela é um processo de engenharia fantástico e moderno”, enfatizou, salientando que o empreendimento terá de ser construído até 31 dezembro de 2014.
Porto do PecémSobre a segunda ampliação do Porto do Pecém, que está orçado em R$ 600 milhões, entretanto, as obras estão atrasadas há quase um ano, em virtude de problemas de licenciamento ambiental. De acordo com o secretário, se não houver imprevistos, a ampliação do Porto iniciará dentro de um mês.
O secretário enfatizou ainda que o Porto tem localização e profundidade privilegiada, além de ter a condição competitiva e situação vantajosa. “É um porto de água profundas, off shore, com 18 a 20 metros de profundidade. Movimenta R$ 4 milhões por mês. Antes do governo Cid Gomes assumir, tínhamos um porto deficitário... Mas, hoje, cerca de 100 mil contêineres são transportados por ano, podendo chegar a 150 mil, com a expansão”, explicou.
MetroviáriosOutro desafio pertinente na Secretaria de Infraestrutura é a finalização da linha do VLT Parangaba-Mucuripe, em virtude das desapropriações. “O VLT é uma obra que Fortaleza precisa. Nós temos a obrigação de terminá-la até maio de 2014, para a Copa do Mundo.
Estamos trabalhando bem, onde não teve necessidade de desapropriação, estamos com as obras bem avançadas. Iniciamos os contatos com várias comunidades, no começo a reação foi muito ruim, houve um viés político infernal, que nos atrapalhou muito, mas, hoje, as comunidades estão compreendendo. O Ceará produziu um projeto que não tem igual no Brasil”, disse, informando que o cronograma de encerramento das desapropriações será em outubro e novembro deste ano.
O secretário informou, também, que haverá o encaminhamento de uma nova licitação para iniciar as obras da linha Leste que ligará o Centro da Cidade ao bairro Edson Queiroz, que conterá 13 km de linha subterrânea. A linha Leste custará R$ 3,4 bilhões, sendo, R$ 1 bilhão do Governo Federal, R$ 1 bilhão emprestado da Caixa Econômica Federal e R$ 1,43 bilhão do Governo do Ceará. Fontenele ressaltou que a construção da nova linha deve se estender ao próximo governo, e que para sua conclusão será preciso cerca de sete anos.
Rodovias EstaduaisOutros empreendimentos em destaque que devem iniciar nos próximos dois meses são a construção de mais 500 km de novas estradas e a restauração de 700 km de rodovias estaduais.
“Muitas das estradas devem ser submetidas a uma rigorosa restauração ao ponto de mudar a categoria das estradas estaduais de hoje, que, infelizmente, na sua grande maioria, não pode suportar um fluxo que a indústria e o comércio exige, hoje, de transporte de grandes cargas”, alegou.Ainda na pauta de discussão, o secretário discorreu sobre a Transnordestina, o Acquário, onde assegurou que deverá ser entregue até final de 2014, sobre a Cegás e a produção de energia térmica, que garantirá a demanda de eletricidade do Estado.
Estiveram presentes na ocasião, o presidente do Metrofor, Rômulo Forte; presidente da Cegás, Antonio Cambraia; superintendente do Departamento Estadual de Rodovias, Sérgio Azevedo; superintendente do Detran, Igor Ponte, e o superintendente do Departamento de Arquitetura e Engenharia e instituições ligadas à Secretaria Estadual de Infraestrutura, Sílvio Campos.