Um partido com problemas
• O Partido Socialista Brasileiro encara uma das mais sérias encruzilhadas da sua história. O mais irônico é que os problemas, hoje enfrentados pelos socialistas ocorrem exatamente quando esse partido há poucos anos um quase “nanico”, inicia uma notável arrancada, rumo à conquista de mais governos estaduais, assim como um substancioso aumento das bancadas do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas. Registre-se que um partido que há seis anos não era mais que um figurante entre os demais no Ceará, deu uma guinada inédita em 2012, elegendo 41 prefeitos, inclusive o de Fortaleza, assumindo a condição de partido majoritário, sob uma liderança de crescimento incontido e que se consolida a cada passo, ou seja, o governador Cid Gomes. Com Cid, o PSB arrebatou do PSDB a posição ocupada por cerca de 20 anos, de partido majoritário do Estado. Essa promissora situação, entretanto, está a perigo, devido a dúvidas existentes em relação à disputa pela presidência da República em 2014. E o “caroço nesse angu” é exatamente o socialista Eduardo Campos, governador de Pernambuco, que desafia a presidente Dilma, de quem é aliado, colocando-se como pré-candidato. Tal atitude termina deixando o governador Cid, depositário de toda a confiança da presidente Dilma, na expectativa até de ter que trocar de partido para permanecer ao lado dela. O cearense Roberto Amaral, vice-presidente nacional do PSB, atira mais lenha nessa fogueira ao defender a candidatura de Campos e a “obrigação” de Cid de fazer o mesmo. Caso Cid seja obrigado a deixar o PSB, existe uma certeza: ele poderá levar consigo quase todo o partido.
• Réplica... a essa posição, vem do deputado Fernando Hugo (PSDB): se um poder não se comporta como tal, é justo que outro poder assuma-lhe as responsabilidades.