Fortaleza, Quarta-feira, 27 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

Falta de médicos no CE preocupa deputados - QR Code Friendly
Quarta, 20 Fevereiro 2013 04:43

Falta de médicos no CE preocupa deputados

Avalie este item
(0 votos)
O deputado Roberto Mesquita explica que os médicos preferem trabalhar na Capital porque as condições são melhores do que no Interior O deputado Roberto Mesquita explica que os médicos preferem trabalhar na Capital porque as condições são melhores do que no Interior FOTO: JOSÉ LEOMAR
  Para os parlamentares, Governo deve ampliar incentivos para levar profissionais ao Interior, onde a situação é pior O estudo divulgado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em que mostra que o Ceará tem menos de um médico para cada mil habitantes levantou ontem, na Assembleia Legislativa, a discussão sobre a carência de profissionais da saúde no Interior do Estado. Para alguns deputados, é preciso que haja incentivos do Governo para que médicos se sintam estimulados a trabalhar fora da Capital. Outros defendem políticas de interiorização das faculdades, como forma de contribuir para a fixação de médicos nesses municípios. Conforme divulgado ontem pelo Diário do Nordeste, o estudo do Conselho de Medicina mostra que a proporção de médicos para cada mil cearenses é de apenas 0,75 no Sistema Único de Saúde (SUS), a quarta pior média do Brasil. O relatório mostra ainda que 78% dos 9.953 médicos registrados no Estado estão concentrados em Fortaleza, o que faz com que o Interior tenha proporção de 0,003 médicos para cada mil habitantes no SUS. Levando em conta as redes pública e privada, a proporção no Estado do Ceará é de 1,16, mas, mesmo assim, ainda abaixo da média nacional, que é de 2. Plantões O deputado estadual Roberto Mesquita (PV) avalia que a maioria dos médicos prefere trabalhar na Capital, pois é onde esses profissionais encontram melhores condições de trabalho e possibilidade de conciliar diferentes empregos. "Talvez o grande centro urbano, por oferecer condições para o profissional ter seu consultório e dar plantões em vários hospitais, faça com que haja um desestímulo para ele ir para uma pequena cidade, onde vai ser médico do PSF (Programa de Saúde da Família) ou do pequeno posto local", comenta. Para Mesquita, a falta de médicos no Interior precisa ser corrigida o mais rápido possível. Ele lembra que há um projeto sobre o tema tramitando na Assembleia, de autoria da deputada Dr. Silvana (PMDB), em que ela propõe que médicos sejam obrigados a cumprir quatro meses de estágio em algum hospital do Interior durante a residência médica. "Minha intenção é aproximar o médico recém-formado da realidade do Interior, porque o que acontece é que muitos não vão porque não conhecem a estrutura da cidade", justifica. A peemedebista lembra que apresentou a matéria como Projeto de Lei, há cerca de seis meses, mas que infelizmente a proposta parou nas comissões, pois outros parlamentares entenderam que o projeto prevê aumento nos custos do Orçamento do Estado, "e o deputado não pode intervir nisso". Diante disso, a deputada afirma que reapresentou a matéria, recentemente, como Projeto de Indicação. "Pretendo sensibilizar o governador. Acredito que ele vai sentir esse projeto como algo útil, que vai estimular profissionais a quererem ficar no interior", diz. Para a deputada Fernanda Pessoa (PR), é preciso que o Governo dê incentivos que estimulem os novos médicos a irem para municípios interioranos. Ela citou como exemplo um projeto do prefeito de Maracanaú, seu berço eleitoral, aprovado pela Câmara Municipal daquela cidade, em que a Prefeitura se propõe a pagar as mensalidades do último semestre do estudante de medicina de faculdade particular. O valor, explica, seria revestido posteriormente em trabalho prestado pelo profissional em hospitais e postos do Município. A deputada pontua que, além de ampliar a quantidade de médicos, é preciso também que as unidades de saúde do Interior do Estado funcionem plenamente. A republicana citou como exemplo o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) de Maracanaú, cujas obras, segundo ela, estão concluídas há mais de um ano, mas o equipamento ainda não está funcionando. "Eu sempre digo que não adianta somente você construir grandes obras, sem que elas funcionem em sua totalidade. O caro não é fazer, o caro é manter o empreendimento", afirma. Interiorização O líder do Governo na Assembleia, deputado José Sarto (PSB), por sua vez, defende que, para resolver o problema a médio prazo, é necessário criar mecanismos para que o médico construa sua carreira no Interior do Estado. Na avaliação dele, a administração dos municípios deve ir além de bons salários, incluindo melhores condições de trabalho e de infraestrutura da cidade. Outro ponto defendido por ele são políticas de interiorização das faculdades de Medicina no Ceará, o que, de acordo com ele, o Governo do Estado já vem fazendo. O pessebista cita como exemplo a construção de hospitais regionais, como o do Cariri e o de Sobral, inaugurado recentemente. Conforme o líder do Governo, o primeiro já disponibiliza residência médica para alunos das faculdades de Juazeiro do Norte e Barbalha, e o equipamento de Sobral também deve disponibilizar em breve. "A Uece (Universidade Estadual do Ceará) também é um grande avanço, porque já está disponibilizando residência médica", acrescenta. Na avaliação do deputado, essas são apenas algumas medidas para minimizar o problema da oferta de médicos a médio prazo, mas que é preciso outras políticas.
Lido 3119 vezes

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500