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Deputado vai à tribuna e insiste em inocência - QR Code Friendly
Quarta, 20 Fevereiro 2013 04:26

Deputado vai à tribuna e insiste em inocência

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Carlomano Marques faz o seu discurso, no plenário da Assembleia, acompanhado de perto pela mulher e uma filha, que segundo ele, ajudaram a conter as palavras, no calor da emoção Carlomano Marques faz o seu discurso, no plenário da Assembleia, acompanhado de perto pela mulher e uma filha, que segundo ele, ajudaram a conter as palavras, no calor da emoção FOTO: JOSÉ LEOMAR
  Poucos deputados ficaram no plenário para ouvir o pronunciamento do colega, após as decisões do Eleitoral O deputado Carlomano Marques (PMDB) voltou à tribuna da Assembleia Legislativa cearense, ontem, para comentar o processo de cassação de seu mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), após liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No dia de seu aniversário, que ele fez questão de ressaltar, em mais de uma oportunidade, o peemedebista falou por quase duas horas, extrapolando, inclusive, o tempo regulamentar do primeiro expediente da sessão. A mulher e a filha acompanharam, próximas da tribuna da Assembleia, o pronunciamento dele. Poucos deputados presenciaram a sua fala. Ele beijou a tribuna da Casa e disse que a presença de familiares ali serviria para conter palavras mais duras que pudessem ser pronunciadas, no calor da emoção. Alguns dos colegas deputados se solidarizaram com ele. Condenado pelo TRE por captação ilícita de votos, o deputado, mais uma vez, utilizou todo o tempo do discurso para se defender das acusações de que teria utilizado serviços médicos de sua irmã, a vereadora Magaly Marques (PMDB), em troca de votos, durante a campanha eleitoral de 2010. Fazendo referência a diversas personalidades da história da medicina, da filosofia e da religião, o deputado beijou a tribuna da Assembleia em alusão ao ato feito pelo papa João Paulo II, que beijava o chão dos países que visitava. "O ódio você combate com amor e o rancor você não combate com rancor, mas com perdão", foi uma das máximas utilizadas pelo deputado, que afirmou ainda que perdoaria todo mundo, sem exceção. Durante meia hora de discurso, o parlamentar não entrou no tema principal de sua abordagem. Urgência O peemedebista salientou ainda que vai a Brasília cobrar urgência no julgamento do mérito do caso, uma vez que o veredicto do TRE foi revogado por decisão liminar com efeito suspensivo pelo TSE. "Eu quero é que julgue o mérito, para eu não ficar sendo humilhado, que eu estou pendurado em uma liminar", comentou, lembrando que amanhã, na Capital Federal, solicitará a urgência na votação do mérito pelo Tribunal Superior Eleitoral. Disse que não queria fazer polêmica e que não iria falar de fato que pudesse causar tensão, mas precisava fazer algumas colocações para o povo, pois do contrário, não ficaria bem consigo. "Não vou entrar em nenhum assunto de maneira ácida. Estou com sete mandatos, será possível que não tenho nenhum valor? Esse caso para mim está encerrado, mesmo sangrando, humilhado, pois cada um quer dar uma pancada", disse, lembrando de charges, matérias e colunas publicadas nos últimos dias contra a sua pessoa. Ressalvas "As minhas contas no TRE, de campanha, nunca tiveram ressalvas. Eu fui acusado de uma coisa que nunca cometi" O peemedebista falou ainda que chegou ao Parlamento de maneira honesta e que não devia seu mandato nem a empresários ou entidades. "Essa tribuna é o meu foco de vida. Nós vamos passar, mas o Parlamento vai ficar". Segundo ele, o difícil foi abrir os jornais e ver as notícias afirmando que ele havia sido cassado, o que o prejudicou, visto que as pessoas nas ruas achavam que ele havia roubado, comprado votos ou desviado dinheiro. O deputado disse ainda que a prova feita contra ele era ilícita e que nunca na história o Supremo Tribunal Federal (STF) ou o TSE aceitou como base para acusação uma prova ilícita. Alguns deputados, como Lucílvio Girão (PMDB), Roberto Mesquita (PV), Silvana Oliveira (PMDB), José Sarto (PSB) e Idemar Citó (DEM), se solidarizaram com o parlamentar, alguns dos poucos que estiveram no plenário na hora do discurso dele.
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