O programa vai tratar sobre o conceito do evento, a sua importância para a cultura e as artes da época, a repercussão do evento no Ceará e a relação da Padaria Espiritual com a Semana de Arte Moderna de 1922.
Para falar sobre o evento, participam do programa a diretora do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC), museóloga Graciele Karine Siqueira; o artista plástico e historiador Roberto Galvão e o escritor e pesquisador Raymundo Neto.
O evento, que aconteceu pela primeira vez após a Primeira Guerra Mundial, foi um marco histórico e cultural à época do seu acontecimento para o Brasil, em especial para São Paulo. É considerado um divisor de águas para a produção artística brasileira, com a busca pela renovação e por romper com as tradições conservadoras da época.
Os artistas, com destaque aqui para os artistas plásticos, eram influenciados pelas vanguardas europeias e pela renovação geral no panorama da arte ocidental. Podemos destacar a presença de Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro entre outros.
Quanto à repercussão do movimento no Ceará, percebe-se que o Estado já era moderno antes do movimento modernista, de forma tardia, no campo das artes plásticas. O Ceará tem uma tradição de vanguarda em vários campos e áreas do conhecimento.
Dois artistas cearenses que nasceram no final do século XIX e início do século XX, Raimundo Cela (1890) e Vicente Leite (1900), apesar de uma formação acadêmica na Escola Nacional de Belas Artes, já trazem em suas obras as pinceladas modernistas do Impressionismo europeu.
O Identidade Cultural desta semana será apresentado por Jânio Alves, com direção de Clara Pinho, produção Adriano Alves e Ana Célia e edição de imagens de Daniel Cardoso. O programa vai ao ar sempre às 21h de sábado, e a reprise acontece aos domingos, no mesmo horário.
WT/LF