Você está aqui: Início Últimas Notícias Cabeceira destaca o livro “A Pedra de Sísifo”, de Paulo Elpídio de Menezes
Entre ensaios e análise de atualidade, o autor construiu, como ele mesmo mostra, uma “"carta de bordo" das suas "marinhagens políticas". O título traz a marca de uma referência a um mito revelador, o de Sísifo, condenado a empurrar montanha acima a pedra que rolará montanha abaixo. Na obra, o escritor transpõe a condenação irrecorrível que os homens devem cumprir de recomeço, de perseverar nas suas ideias e cometimentos.
O livro é repositório de reflexões acumuladas, sem lados ou preferências partidárias, já que o autor se tem como vacinado contra as ideologias e as travessuras dos homens públicos, exceção feita aos bons exemplos.
Paulo Elpídio de Menezes serve-se da figura mitológica para mostrar como nós brasileiros navegamos pelos mares revoltos da política, as nossas incertezas, a hipocrisia dos atores públicos, o oportunismo, a persistência do poder das velhas oligarquias, a associação espúria entre o público e o privado, a força das ideologias, a distorção entre a realidade e os fatos criados pela manipulação política.
O jornalista Osvaldo Araújo resume suas impressões: "Paulo Elpídio monta, desmonta e remonta o Brasil para mostrar como suas peças não se encaixam... No livro não se vende nem se compra uma tese...". O autor "recusa rótulos e não se empenha com os que têm lado e os que não têm".
O jornalista político Fábio Campos, na orelha que escreveu para "A Pedra de Sísifo", ressalta que "Paulo Elpídio é como um 'grand chef' que trabalha com os mais diversos ingredientes. Conhece a fundo a origem de cada um, a sua química e, o mais difícil, domina como maestria a arte de misturá-los. O resultado final é delicioso, provocativo, inteligente, indignado, rebuscado e, ao mesmo tempo, simples.”
Já o presidente da Academia Cearense de Letras (ACL) e ex-governador do Estado do Ceará, Lúcio Alcântara, no prefácio ao livro menciona: "Paulo Elpídio nos brinda com alentado conjunto de pertinentes cogitações sobre origens e circunstâncias atuais da sociedade e instituições nacionais". Lúcio Alcântara vê no recurso à imagem mitológica que dá título ao livro a transposição da metáfora aplicada "ao esforço sem termo de um povo [o brasileiro] empenhado em construir uma nação".
Paulo Elpídio de Menezes, além de escritor, já atuou na área política como secretário de Educação na gestão do governo Tasso Jereissati e reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Com produção e apresentação da jornalista Rosanni Guerra, o Cabeceira vai ao ar às terças-feiras, às 19h20. A coordenação é de Clara Pinho, edição de Samuel Frota e imagens de Messias Gomes.
WT/CG