De iniciativa do projeto Inesp Ciência, do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) da AL, em parceria com a coordenação do PNOQ, o evento virtual homenageou 217 estudantes medalhistas em Olimpíadas de Química.

O presidente da AL, deputado Evandro Leitão (PDT), parabenizou todos os químicos pela data e comentou sobre a honra do Legislativo cearense em homenagear profissionais e estudantes que atuam para fortalecer o crescimento em uma área tão importante para a sociedade. “Quero ressaltar a importância de todos vocês em um momento que precisamos valorizar cada vez mais a ciência”, acentuou.

O secretário da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Inácio Arruda, afirmou que o ensino da química e a formação de pesquisadores na área é fator estruturante para o desenvolvimento da nação. “Basta olhar a situação atual da pandemia, que já vai ceifando quase 500 mil vidas em nosso país. É a ciência, a química, a biotecnologia, e isso só é possível de ser tratado e resolvido com pesquisa, e pesquisa precisa de pesquisadores e pesquisadoras, e eles estão aqui entre nós”, enfatizou.

O diretor do Inesp, João Milton Cunha, apontou o Programa Nacional de Olimpíadas de Química como um dos mais reconhecidos sistemas científicos de formação da educação básica no Brasil, além de ser parte significativa da ciência brasileira nos últimos 25 anos. “O processo olímpico e científico da Química na educação básica não se resume a entregar medalhas. É um processo de formação e inspiração para nossos jovens seguirem carreiras científicas, imbuídos de espírito criativo e crítico”, pontuou.

A presidente da Associação Brasileira de Química e professora da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Silvana Calado, lembrou que o Brasil passa por uma fase em que a química não está muito bem divulgada. “Mas tudo o que está acontecendo nessa crise – e deixo meu pesar a todas as famílias brasileiras pelas perdas – a Química está solucionando. Então, através das vacinas, do álcool em gel, das máscaras e de todos os insumos, medicamentos e de tudo que está se usando nos hospitais, por trás nós somos os coadjuvantes desses heróis da saúde”, salientou.

Para o presidente do Conselho Federal de Química, José de Ribamar Oliveira Filho, a homenagem aos medalhistas tem um valor imensurável. “É a descoberta de novos talentos. É o aumento da visibilidade da Química não só em nível nacional, como em nível internacional”, disse, reconhecendo a importância do coordenador do PNOQ, Sérgio Melo, no fortalecimento do ensino da Química.

O professor Sérgio Melo, coordenador do PNOQ e organizador do livro “Programa Nacional de Olimpíadas de Química (PNOQ) 2020”, agradeceu a todos que apoiaram e levaram o projeto ao patamar que hoje ele se encontra, em especial, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), que são os órgãos que dão apoio a todas as olimpíadas do conhecimento. “Sem esses recursos dos editais anuais, não seria possível conduzir esse trabalho”, assinalou.

Além dos 217 estudantes medalhistas em ouro, prata e bronze em Olimpíadas de Química, também foram homenageados quatro integrantes da seleção brasileira que participará da 53ª International Chemistry Olympiad (IchO), em julho deste ano: os estudantes cearenses Cássia Caroline Aguiar da Ponte, Hana Gabriela Albuquerque Sousa, Marina Malta Nogueira e Vinícius da Silveira Lanza Avelar.

Representando os medalhistas homenageados, o estudante Lucas Takayasu, que participa de Olimpíadas de Química há três anos, comentou que as Olimpíadas são muito preciosas para ele e fizeram parte de seu desenvolvimento pessoal e acadêmico. Ele contou ainda ter notado que a Química é muito abrangente e está conectada com todas as outras ciências, da Física Quântica à Astronomia. “Se eu não tivesse tido contato com a OBQ (Olimpíada Brasileira de Química) Júnior três anos atrás, se eu não tivesse ficado motivado a continuar aprendendo e a seguir adiante, eu não estaria aqui”, relatou.

BD/CG