A célula da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) da Assembleia Legislativa lembra que as embalagens usadas para a comercialização do álcool podem ser recicladas, já que a maioria é de PET (tereftalato de polietileno), um dos plásticos mais reciclados pela indústria e mais utilizados pelos consumidores.

Morgana Ferreira, engenheira ambiental e orientadora da célula da A3P, afirma que o aumento do consumo de álcool em gel, apontado como um dos principais mecanismos de combate ao novo coronavírus, fez aumentar a geração de resíduos. "A indicação é que as embalagens sejam separadas e descartadas para a coleta seletiva. Deve-se também priorizar recipientes maiores, para que reabasteçam os recipientes menores, evitando a compra de mais plástico, gerando, com isso, a redução de descartes. A pessoa também pode optar pela compra do refil, caso esteja disponível no mercado", sugere.

De acordo com a engenheira ambiental, o descarte correto do plástico gera inúmeros benefícios, previne degradação ambiental, auxiliando na manutenção do equilíbrio em todos os ecossistemas da Terra. A reciclagem cria mais oportunidades de empregos, principalmente para famílias de baixa renda, e gera economia dos recursos naturais, pois o plástico reciclado pode ser usado em sistemas de geração de energia solar e fotovoltáica.

Morgana Ferreira destaca ainda que os benefícios do descarte correto foram comprovados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST). A cada tonelada de material reciclado produzido, os resultados são: redução na emissão de 1,53 toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera; redução de 1,1 tonelada em média de resíduo plástico disposto em aterros.

DESCARTE DE MÁSCARAS

Outro produto que passou a fazer parte do dia a dia da população mundial foi a máscara. Considerada item de uso obrigatório em vários países para evitar a contaminação pelo novo coronavírus, a máscara também precisa de cuidados na hora do descarte.

Segundo a orientadora da célula da A3P, o equipamento de proteção tem se tornado um problema ambiental considerável, uma vez que saiu  predominantemente do ambiente hospitalar para fazer parte do dia a dia da população. "O ideal é optar por modelos reutilizáveis e, no caso dos descartáveis, como luvas e máscaras, devem ser descartados juntamente com o resíduo do banheiro, que não é reciclado, evitando assim a contaminação de terceiros que eventualmente irão lidar com o lixo gerado nas nossas casas", recomenda.

Mas é preciso cuidado também antes de fazer o descarte de máscaras, para evitar a contaminação na retirada desses itens de proteção individual. Para manusear a máscara, explica Morgana, deve-se tocar apenas os elásticos na parte que fica atrás das orelhas e evitar contato com a parte da frente da máscara, que pode estar contaminada.

Após ser retirada, a máscara deve ser lavada ou jogada no lixo de maneira correta. Quando for necessário retirar a máscara por um curto período, como para beber água, lembrar de manusear sempre pelo elástico. “Nunca tire a máscara ou deixe-a no queixo, e sempre  lave as mãos após retirar o equipamento'', alerta Morgana Ferreira.

WR/Comunicação Interna/LF