Nascido em 3 de outubro de 1915, no Rio de Janeiro, Orlando Garcia da Silva herdou do pai, o violonista José Celestino, o talento para música. Ainda criança, demonstrava seu talento musical na escola, onde era frequentemente convidado a soltar a voz, e na Estação Engenho de Dentro, bairro onde nasceu.

O cantor ficou órfão de pai aos três anos e trocou a infância pelo trabalho para ajudar no sustento de casa. Trabalhou  como sapateiro, vendedor de tecidos e trocador de ônibus.

Na adolescência, decidiu tentar a sorte na carreira musical, interpretando para Francisco Alves um samba de Ary Barroso. Seu talento não passou  despercebido e foi convidado a estrear, aos 17 anos, no Programa de Francisco Alves, na Rádio Cajuti. A música escolhida para a ocasião foi a valsa Mimi, com acompanhamento do violonista Pereira Filho.

Em 1935, com o fim do Programa de Francisco Alves, Orlando Silva passou a se apresentar nas Rádio Guanabara, Rádio Clube, Rádio Educadora e Rádio Transmissora. Nessa época, foi consagrado ao participar do  Programa Casé, primeiro de rádio comercial do Brasil, apresentado por Ademar Casé. Por lá, passaram Pixinguinha, Noel Rosa, João da Baiana e outros grandes nomes da música popular brasileira.  

Em 1936, gravou a marcha “Viva a liberdade” e o samba “Se a orgia acabar”, com acompanhamento do grupo Diabos do Céu, parcerias de Arlindo Marques  e Roberto Roberti. Em seguida, gravou a trilha sonora do filme Cidade Mulher, interpretando o samba  “Dama do Cabaré” e a marcha “Cidade Mulher”, de Noel  Rosa. Neste mesmo ano, Orlando Silva assinou contrato com a  Rádio Nacional, para apresentar um programa musical que  foi sucesso de popularidade.

Entre as homenagens direcionadas ao músico, está o espetáculo “Orlando Silva, o cantor das  multidões”, apresentado na Sala Baden Powell, no Rio de Janeiro, onde o ator Tuca Andrade interpretou dezesseis clássicos de sua carreira. Em 2004, a biografia “Orlando Silva o Cantor das Multidões” foi relançada  pelo jornalista cearense Jonas Vieira, recebendo o Prêmio Funarte. A primeira edição do livro é do ano de 1982.

Em 2005, quando faria 90 anos Orlando Silva foi homenageado com um programa especial na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Seus  sucessos foram interpretados por Roberto Silva, Marcos Sacramento e Paulo Marquez.

Brasilidade é apresentado por Narcélio Limaverde e produzido por Ronaldo César e Julyana Brasileiro. Vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise nas terças-feiras, às 23h.
RT/AT