Você está aqui: Início Últimas Notícias Parlamentares rechaçam ataques às instituições democráticas brasileiras
O presidente da Assembleia Legislativa, José Sarto (PDT), afirmou que os ataques às instituições democráticas são uma demonstração de total desapreço pela vida humana, e considerou uma tremenda contradição ir às ruas fazer apologia à ditadura em meio a uma das maiores crises que atravessa o País. “Causam indignação esses atos pelo País flertando com um passado tão sombrio. É lamentável que, num momento difícil como o atual, ainda tenhamos de assistir a tamanho escárnio. A liberdade de expressão não assegura discursos que afrontam a democracia”, comentou o parlamentar, ressaltando que o regime de exceção cerceou os direitos do povo brasileiro, inclusive o de livre manifestação.
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) afirmou que o momento atual é muito difícil e o foco precisa ser em caminhar para a frente. “Devemos ir para frente, retroagir jamais”, comentou, destacando que vivemos em um sistema democrático, que precisa ser respeitado.
O líder do governo na AL, deputado Júlio César Filho (Cidadania), considerou as mobilizações em defesa da ditadura militar como uma afronta inaceitável à democracia. “O regime militar foi um período de desrespeito à liberdade do povo brasileiro e de violação de direitos do cidadão. Este momento é de união em defesa da saúde do nosso povo. O inimigo é o novo coronavírus, não as instituições democráticas”, apontou.
O deputado Renato Roseno (Psol) se disse impressionado com a rotina de ofensas à democracia praticadas pelo chefe do Poder Executivo. "É tudo muito grave. Não bastasse a reiterada e quase cotidiana prática de crimes de responsabilidade, Bolsonaro foi além. Apoiou manifestações com pedidos de golpe militar e afirmou que não vai obedecer a decisões do STF. Trata-se de um fascista que tem desprezo pelo estado democrático de direito e quer mergulhar o País num abismo de ódio e estupidez", apontou.
O deputado Evandro Leitão (PDT) considerou o ato do presidente Jair Bolsonaro como absurdo. “O presidente tem feito atentados contra a saúde pública e agora ataca novamente a democracia ao acenar para o AI-5 e a ditadura. Bolsonaro governa contra a vida dos brasileiros e enfraquece as instituições. Não podemos nos calar diante de tais absurdos”, avaliou.
Para o deputado Heitor Férrer (SD), o momento pede uma unidade nacional. “Enquanto milhares de brasileiros morrem vitimados pelo coronavírus, dirigentes dos poderes da república se digladiam para atender as suas vaidades. O momento não permite tamanha insanidade. Precisamos de unidade nacional para, juntos, vencermos um inimigo comum, que ataca pessoas, o sistema da saúde e o sistema econômico. Defender intervenção militar, defender AI-5 é defender a ditadura e atentar contra a constituição do Brasil”, salientou.
O deputado Acrísio Sena (PT) afirmou que as atitudes do presidente da república são grotescas, desrespeitem a Constituição brasileira, o estado democrático de direito e confrontam as instituições. “O povo brasileiro não deseja mais tortura, perseguição e morte, o povo quer emprego, renda, viver dignamente e vencer essa pandemia do coronavírus”, comentou.
O deputado Danniel Oliveira (MDB) afirmou que “qualquer ato que vá contra a democracia está contra o Brasil. O respeito à Constituição é o único caminho possível na construção de uma sociedade livre e justa. Nossa democracia, que é jovem e foi conquistada a duras penas, deve ser sempre, e será por nós, defendida”.
Já o deputado Delegado Cavalcante (PSL), da bancada de apoio ao presidente Bolsonaro, embora se posicionando contra a ditadura, comentou que parte da mídia deturpou as ações e falas das manifestações, pois as pessoas foram às ruas para defender o isolamento vertical e protestar contra o Congresso Nacional, que boicota a administração do presidente. “Nós, brasileiros direitistas, conservadores somos a favor da democracia plena, não queremos golpe militar, não queremos AI-5, queremos que deixem o Bolsonaro trabalhar”, comentou. Segundo ele, a mídia deu ênfase a uma pequena parcela de intervencionistas que participou das manifestações.
LA/SA/CG