O  parlamentar garantiu que a matéria continuará tramitando na AL e tem previsão de ser votada até o início de março. “Quero deixar claro que a proposta protocolada nesta Casa foi construída pela própria categoria, por meio de seus representantes legais, os presidentes das nove associações e que um dos compromissos firmados é que o efeito já seja para março, caso nenhum deputado peça vistas”, esclareceu. 

Júlio César Filho lembrou ainda que a proposta inicial previa um impacto financeiro para o ano de 2022, de R$ 338 milhões, mas, após o acordo, o texto aponta o valor total de R$ 495 milhões, apenas para policiais militares e bombeiros. “Reduzimos o número de parcelas de quatro para três, sendo a primeira a maior delas, além de parte das gratificações injetadas já no vencimento base, num total de R$ 149 milhões”, reforçou.

O parlamentar lamentou que, apesar de o Governo atender as reivindicações, parte da corporação ameaça a instalação de uma greve. “Fomos surpreendidos pelo movimento da categoria, que inclusive é ilegal. O Governo está honrando com o que foi acordado, dentro da responsabilidade fiscal, obedecendo os limites de gastos com pessoal da lei para que o mesmo não fique impedido de realizar empréstimos financeiros, receber recursos voluntários da União que prejudicariam várias outras políticas públicas”, salientou.

Sobre as denúncias divulgadas pela imprensa de supostos indícios de que os recursos arrecadados pelas associações financiaria os manifestos, o deputado disse que aguardará as investigações do Ministério Público. “Queremos pedir bom senso para aqueles que se aproveitam politicamente do momento, incitando a greve, pois isso é crime e tem que ser punido com o rigor que a lei prevê. Quanto ao financiamento desses manifestos, por meio de recursos das associações, como para aluguel de ônibus, confecção de camisas e adesivos, aguardaremos os desdobramentos dados pelo Ministério”, adiantou.
LA/AT