Você está aqui: Início Últimas Notícias Preto Zezé é um dos convidados do Almanaque Cultural deste domingo
Preto Zezé vai falar sobre a sua atuação à frente da Cufa Global e como produtor artístico e musical.
Ele nasceu em Fortaleza, entre as ruas de terra da favela das quadras e o asfalto do bairro Aldeota. Pedro Zezé é filho de pais retirantes do interior. É o mais velho de uma família de cinco irmãos. Seu primeiro projeto como empreendedor foi ser lavador de carros nas ruas da cidade; formou-se na cultura dos bailes funks e da pichação.
Na década de 90, iniciou seu ativismo social na cultura hip hop, com ênfase na música rap. Criou o Movimento Cultura de Rua, como uma rede de jovens das favelas que atuavam pelos direitos civis nas favelas, através de ações culturais e sociais.
Na carreira de produtor artístico e musical, lançou sete discos, sendo um deles premiado como revelação Norte e Nordeste no maior prêmio de hip hop do País, o Prêmio Hutuz. Idealizou o programa "Se Liga: O som do Hip Hop em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC)".
Preto Zezé é autor do livro “Selva de Pedra: A Fortaleza Noiada”, uma pesquisa oriunda do documentário "Falcão – meninos do tráfico", de Celso Athayde e MV Bill, em que é relatado o circuito do crack e os seus danos sociais. Em 2004, foi coordenador estadual da Cufa Ceará. Em 2014, foi presidente nacional da entidade, foi blogueiro do site G1 e repórter do quadro "Vida Real – Talentos da Comunidade", da TV Verdes Mares (afiliada da Rede Globo). Atualmente está na presidência internacional da Cufa Global, com sede em Nova Iorque.
Já o jornalista e escritor Gilmar de Carvalho vai dar detalhes sobre a sua pesquisa acerca da fabricação do instrumento rebeca, conhecido como o violino sertanejo, construído sem rigor, mas com muita criatividade. A rabeca teve seu auge na primeira metade do século XX, mas ainda hoje é tocada nas várias regiões cearenses, dos Inhamuns à Ibiapaba, do Cariri ao sertão central.
A pesquisa resultou no seu livro publicado recentemente, juntamente com o fotógrafo Francisco Sousa. Em mais de 15 anos de viagens pelo Ceará, Gilmar de Carvalho e Francisco Sousa conseguiram localizar 184 rabequeiros e luthiers, que são os fabricantes desse instrumento, que teria vindo da Arábia para o Brasil. Os pesquisadores fecharam a pesquisa quando localizaram, graças ao Chico Barbeiro, de Baixio, dona Ana Soares (1947), a primeira e única mulher da amostragem.
Já o ator e geógrafo Démick Lopes vai conversar sobre a sua trajetória no teatro. Ele iniciou seus estudos em teatro em 1995, nos cursos livres da Escola Técnica Federal do Ceará (ETFCE). Integrou grupos como Aprendyzes de Dionysios e Balaio, por 15 anos, além de ter atuado e organizado o grupo Bagaceira de Teatro, em Fortaleza.
Em 2008 começou no cinema, atuando em mais de uma dúzia de curtas e alguns longas, como “Redemoinho, de José Luiz Villamarim; “Serra Pelada”, de Heitor Dhalia, “Praia do Futuro”, de Karim Ainouz; “Greta", de Armando Praça. Na televisão, participou ‒ bem como produziu ‒ das séries “13 Dias Longe do Sol”, “Onde Nascem os Fortes”, “Jungle Pilot” e da novela “Amor de Mãe”. Démick Lopes é graduado em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (Uece). Desenvolve também pesquisa em teatro, são mais de 30 espetáculos, que vão de Nelson Rodrigues a Dias Gomes, de Ariano Suassuna a Maria Clara Machado.
Outra atração do programa é o sanfoneiro cearense Zé do Norte. Ele bate papo sobre sua carreira musical com o pesquisador Thiago Calixto.
Almanaque Cultural é apresentado pela jornalista Carla Soraya e vai ao ar quinzenalmente, aos domingos, a partir das 19h. A reprise acontece às terças-feiras, às 20h30.
WT/CG