Você está aqui: Início Últimas Notícias Caravana de Combate à Violência Contra a Mulher realiza ação na Uece
Durante a 8ª ação da II Caravana na XXIV Semana Universitária da Uece, a deputada Augusta Brito (PCdoB) afirmou que “não podemos naturalizar a violência contra a mulher” e apontou a importância de debater o assunto com os jovens do Ceará, para que se tornem agentes transformadores da realidade que ainda atinge as mulheres do Estado.
A parlamentar, que é procuradora Especial da Mulher na AL, comentou que, mesmo com as leis, os números de violência contra a mulher continuam aumentando, especialmente casos de violência sexual e casos ainda na infância. Ela afirmou que a sociedade não pode aceitar essa situação e, por isso, precisa agir na prevenção.
Na atividade, Tião Simpatia declamou cordel sobre a Lei Maria da Penha, o grupo Filha da Mãe apresentou a peça "Espelhos" e o Núcleo de Acolhimento Humanizado às Mulheres em Situação de Violência (NAH) da Uece apresentou uma performance.
Sílvia Cavalleire, representante da Secretaria Executiva para Mulheres do Governo do Estado, ressaltou a importância de conhecer os direitos e os cinco tipos de violência previstos pela Lei Maria da Penha, que são física, moral, psicológica, sexual e patrimonial. “Precisamos saber do nosso direito de vivermos sem violência”, reiterou.
A defensora pública e coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher da Defensoria Pública (Nudem), Jeritza Braga, esteve na ação e reafirmou a importância de que as mulheres conheçam seus direitos para, assim, efetivá-los. Ela apontou que as violências são transversais na sociedade, afetando diferentes perfis de mulheres e, por isso, é essencial a formação de uma rede de informação e combate à violência contra a mulher
Para as estudantes universitárias e estagiárias do NAH Paula Carolina e Nicole Castro, é necessário encontrar formas de aproximar a universidade das instituições que atuam no debate sobre a violência contra a mulher. Entre as abordagens do núcleo estão rodas de conversa, performances, peças e o acolhimento. Durante a Semana Universitária, o grupo estava com stand com informações sobre como denunciar, assim como divulgando as ações realizadas ao longo dos dois anos de existência do NAH.
Nesse período de atuação, 37 mulheres foram atendidas na Uece, apontaram as estudantes, complementando que muitos outros casos devem existir na universidade e, por isso, é preciso informar sobre os vários tipos de violência e aproximar o público do debate.
A coordenadora do NAH da Uece, professora Teresa Esmeraldo, comentou que o coletivo surgiu a partir de uma luta das estudantes que denunciaram casos de machismo e violência de gênero no ambiente universitário. O núcleo foi criado com foco no acolhimento e encaminhamento de casos de estudantes e servidoras da Uece que tenham sofrido violência e para a realização de atividades educativas e de pesquisas sobre a temática.
Durante a primeira edição, a caravana passou por 22 escolas do Ceará abordando a temática com informação, cultura e debate. A segunda caravana, lançada em agosto de 2019, é uma iniciativa da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa e conta com a parceria do Instituto Maria da Penha; Casa da Mulher Brasileira; Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Mulher; União Brasileira de Mulheres (UBM); Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) e Secretaria de Esporte e Juventude.
SA/CG