O parlamentar comentou obras na zona costeira que, ao longo dos anos, foram realizadas e impactaram regiões vizinhas, como os casos da construção do Porto do Mucuripe e a engorda da Praia de Iracema, em Fortaleza. Heitor Férrer ressaltou a importância de mais estudos técnicos e debates sobre projetos e alternativas para que haja investimento público e ação para minimizar os transtornos enfrentados pelas comunidades litorâneas em áreas como Pacheco e Icaraí.

O deputado comentou que, para muitos, a implantação de espigões é uma ação antiecológica e existem pesquisadores que estão buscando alternativas mais baratas e ecológicas que precisam ser conhecidas pela sociedade. Ele afirmou que é complicado que um gestor invista em um projeto sem muitos estudos para que os resultados sejam efetivos, mas que ideias inovadoras devem ser compartilhadas.

O engenheiro civil Carlos Cézar de Freitas, autor do projeto Cezarswell, explicou que o uso de rochas em intervenções no litoral não deveria continuar e, por isso, a alternativa poderia ser o uso de estruturas pré-moldadas de concreto, que conseguiriam diminuir a energia da onda swell e a erosão da costa e deixariam passar os sedimentos que alimentam as praias de areia.

Segundo ele, a proposta tem como vantagens ser uma solução definitiva para a erosão costeira; não ser agressivo ao meio ambiente; não repassar o problema para as praias vizinhas, por dissipar a energia estranha à costa; criar recifes artificiais; propiciar uma engorda natural; ter custos e tempo de execução inferiores aos dos projetos de espigões em rocha. Ele afirmou ainda que o projeto do Cezarswell “veio para ficar” e espera que seja adotado, pois oferece economia, inovação e sustentabilidade.

Participaram ainda da audiência Wersângela Duaví, da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA); Camylla Maria, do Curso de Energias Renováveis da Universidade de Fortaleza (Unifor); Ian Barros Ary, da empresa Impacto Protensão, e João Luiz Frota Felício, representante do deputado federal Heitor Freire (PSL-CE).

SA/CG