O assunto foi tema da enquete do portal da Assembleia Legislativa entre os dias 20 e 27 de agosto. Para 73,6% dos internautas, as ações ajudam a reduzir as consequências da seca, mas não atacam o problema central que é a garantia do acesso à água independente da situação climática.

Outros 18,9% acreditam que os investimentos do governo não amenizam os efeitos da estiagem, afirmando ser apenas um paliativo e que nem sempre chegam aos necessitados. Já 7,5% dos participantes avaliaram que as medidas asseguram aos agricultores uma renda mínima e a possibilidade de contrair empréstimos.

Na avaliação do deputado Ely Aguiar (PSDC), todas as medidas são válidas, “mas o que se estranha é que os problemas nunca foram resolvidos definitivamente”. Para ele, falta vontade política. “O governo fica dando esmolas, aumenta em épocas de eleição, mas não se resolve”, queixou-se.

O deputado Roberto Mesquita (PV) afirmou que as ações ajudam a amenizar o impacto causado pela estiagem desde que “de fato ocorram e cheguem ao Interior”. Porém, não é o que vem acontecendo devido à lentidão dos processos burocráticos, que tem dificultado o acesso da população às medidas governamentais para atender suas necessidades básicas. “Há muito discurso e pouca ação”, completou.

O secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado, Nelson Martins, afirmou que os recursos amenizam bastante o impacto da seca, mas o que dificulta a chegada das ações à população do campo é a burocracia. “Mas ações têm sido realizadas, emergenciais e estruturantes. Tem sido uma assistência completa, cabe apenas resolver os problemas de burocracia”, ressaltou.
LS/CG