Você está aqui: Início Últimas Notícias Duas instituições de acolhimento recebem visita da Comissão da Infância
Apesar de algumas fragilidades e entraves, o carinho e cuidado que as equipes têm com as crianças e adolescentes acolhidos foram características que chamaram a atenção da parlamentar. Ela observou também as dificuldades encontradas para o processo de adoção de alguns desses jovens abrigados. "Um dos impasses do processo de adoção é a idade. As instituições de hoje abrigam muitos adolescentes, que sofrem na fila à espera por uma família", ressaltou.
A primeira entidade visitada foi o abrigo Santa Gianna, que atualmente acolhe 21 crianças. O psicólogo da entidade, Daniel Morel, chamou a atenção para a necessidade de melhorar a estrutura do espaço. "O abrigo é locado em uma casa com estrutura residencial, mas vivemos com o orçamento limitado para reparos e melhorias físicas", afirmou.
A Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) ajuda a manter a entidade com custeio de pessoal e alimentação, mas o psicólogo reforçou também a necessidade de manutenção de veículos para o transporte dos meninos e meninas no dia a dia.
A segunda instituição visitada nesta manhã foi a Casa da Criança, que acolhe hoje 22 crianças, de 7 a 12 anos, com direitos ameaçados ou violados, encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Juizado da Infância e da Juventude.
Vera Pompeu, que responde pela gerência da casa, mostrou como é feito o acolhimento e falou do principal desafio na educação e reeducação de jovens. "É preciso olhar para as famílias que perderam as guardas dessas crianças. É preciso investir e acompanhar a evolução dessas famílias, já que algumas crianças têm a chance de voltar ao lar, mas isso só acontece com a estrutura familiar para tal", afirmou.
BALANÇO
Ao todo, cinco entidades de acolhimento já receberam a Comissão da Infância. A deputada Érika Amorim pontua algumas constatações que devem ser avaliadas como encaminhamentos.
De acordo com ela, integrar os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) é um importante passo que deve ser analisado para melhorar a assistência às nossas crianças e adolescentes.
Além disso, Érika Amorim defende a promoção de oficinas de capacitação de profissionais que lidam com a realidade desses abrigos. "É importante também estimular a sociedade e fazê-la ter conhecimento dos programas de apadrinhamento, além de reforçar o debate sobre a celeridade de casos que compreendem a adoção", destacou.
Da Redação/com Assessoria