De infância pobre, Geraldo tinha três irmãos e ainda adolescente começou a participar de rodas de samba no Morro da Mangueira na casa de Alfredo Português. Aos 18 anos, ele tirou sua carteira de habilitação e começou a trabalhar no volante do caminhão de limpeza urbana na Prefeitura do Rio de Janeiro, emprego que manteve por toda a vida.
Ele aprendeu a tocar violão com os músicos Aluísio Dias e Cartola. Em 1938, aos 20 anos de idade, compôs o samba “Farei Tudo”, em parceria com Fernando Pimenta, proibido pela censura, porque seus versos foram considerados excessivamente ousados para a época. A partir de então, começou a fazer seus primeiros trabalhos musicais, inspirado no movimento denominado samba do teleco-teco, do qual o compositor Ciro de Souza era um dos principais articuladores.
Já no ano de 1939, Geraldo Pereira teve a sua primeira música gravada, o samba “Se Você Sair Chorando”, com Nelson Teixeira, sendo cantada por Roberto Paiva e gravada pela Odeon Records. Esse samba foi finalista no concurso de músicas carnavalescas do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do governo Getúlio Vargas, tendo sido tocado nas rádios e cantado nas ruas do Rio de Janeiro, projetando seus autores no meio artístico carioca.
De 1940, é o samba de breque “Acertei no Milhar” que, segundo pesquisadores, tem letra e melodia do músico Wilson Batista, constando o nome de Geraldo Pereira na parceria a pedido de Moreira da Silva, que gravou o samba nesse ano pela gravadora Odeon.
Também nesse ano, o músico Cyro Monteiro gravou o samba “Acabou a Sopa” com o músico Augusto Garcez, na gravadora RCA Victor. No ano seguinte Geraldo Pereira teve nova parceria com Augusto Garcez gravada por Cyro Monteiro, o samba “Ela Não Teve Paciência”. Nesse mesmo ano, Aracy de Almeida gravou na RCA Victor o samba “Falta de Sorte”, com os músicos Marino Pinto e Roberto Paiva. Foi gravada ainda na RCA Victor, o samba “Lembras-te Daquela Zinha?”, com Augusto Garcez, e a cantora Isaura Garcia e o músico Marino Pinto, cuja letra fez inspirado em sua musa Isabel.
Em 1942, o músico Patrício Teixeira gravou o samba de Geraldo Pereira “Adeus”, com Augusto Garcez. Já Cyro Monteiro gravou “Quando Ela Samba”, com J. Portela e “Até Quarta-feira”, com Jorge de Castro. Roberto Paiva gravou o samba “Tenha Santa Paciência, com Augusto Garcez.
Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentação de Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h. A reprise acontece às terças-feiras, às 23h.
WT/CG