Você está aqui: Início Últimas Notícias AL destaca XVII Encontro Nacional de Aleitamento Materno em sessão solene
Ela disse que já vem participando de campanhas de aleitamento desde que teve sua primeira filha, que hoje está com oito anos. Segundo ela, a doação de leite materno pode salvar vidas.“Essas crianças que estão em UTI Neonatal são muito frágeis e precisam muito de leite humano. Então, se a gente conseguir aumentar o número de doadoras, aumentaremos o número de sobreviventes”, ponderou.
A deputada a deputada Bethrose (PRP), presidente da Comissão da Infância e Adolescência e autora da iniciativa, destacou a necessidade de resgatar a cultura da amamentação e de fortalecer os bancos de leite nos municípios do Interior. “Porque isso (doação de leite humano) significa salvar vida e ter amor ao próximo”, disse, enaltecendo o compromisso do governador Cid Gomes com a questão, e citando a inauguração hoje do Banco de Leite Humano no Hospital Geral de Fortaleza.
Conforme ela, dados apontados pela Secretaria da Saúde do Estado mostram que o leite materno traz saúde e vida para as crianças. Na proporção em que o índice de aleitamento aumenta, a mortalidade infantil é reduzida. No Estado, informou ela, chega a 71,14% o percentual de bebês acompanhados pelas equipes do Programa Saúde da Família (PSF) que são alimentados até quatro meses de vida somente com o leite materno. A Taxa de Mortalidade Infantil, que era de 32 por mil nascidos vivos no ano de 1997, ano em que o índice de aleitamento era menor, de 47%, foi reduzida para 13,1 em 2011.
Para a deputada Patrícia Saboya (PDT), “respeitar uma criança, um adolescente e os jovens é apostar no futuro. Apostar nos bancos de leite é apostar no maior investimento que é no ser humano”.
Paulo Vicente Bonilha, coordenador de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, defendeu a necessidade de aumentar as taxas de aleitamento. De acordo com ele, na década de 70, em torno de 20% das mulheres amamentavam durante os seis meses de forma exclusiva, como preconiza Organização Mundial da Saúde (OMS). “Hoje, embora a gente ainda esteja longe do ideal, em torno de 90% das mulheres amamentando até os seis meses de forma exclusiva, tivemos uma evolução muito grande, quase dobramos o tempo de aleitamento. Estamos com 41% das mulheres amamentando dessa forma”, informou.
Durante a solenidade foram apresentados vídeos sobre a Rede de Bancos de Leite Humano e a Campanha da Doação de Leite Materno.
Entre os presentes estavam ainda João Aprígio, coordenador da Rede Iberoamericana de Bancos de Leite Humano; Márcia Maia, presidente da Comissão da Infância e Adolescência do Rio Grande do Norte; Tati Andrade, representando a coordenação do Unicef; Célia Costa Lima, presidente da Associação para o desenvolvimento dos municípios do Estado do Ceará.
LS/CG