Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas contestam fim de exame para exercer profissão de advogado
A maioria dos participantes, ou 51.5%, discorda, argumentando que o exame possibilita melhor avaliação do conhecimento acadêmico e aptidão dos profissionais para advogar. Outros 48,5% concordam com a suspensão , alegando que o profissional ao se formar já foi avaliado pela universidade e o exame da OAB é muito rigoroso.
Para o deputado Soldado Noelio (Pros), o placar apertado mostra que as pessoas estão indecisas sobre a importância real desse exame. O parlamentar defende a aplicação de provas semelhantes em outras profissões. “Se a gente partir do pressuposto que a OAB serve como forma de nivelamento do profissional, também devemos pensar um exame parecido para outras profissões. Mas isso não existe. Então, por que existe para os profissionais de Direito?”, questiona.
De acordo com o parlamentar, se o nível desses bacharéis é baixo, será preciso mudar as matrizes curriculares das faculdades e universidades. “Não é certo que apenas uma profissão fique presa a um exame de nível, porque entendemos que se o aluno se formou, ele tem as aptidões necessárias para exercer aquela profissão”, reitera.
O deputado Romeu Aldigueri (PDT), que tem formação jurídica, diz ser a favor da exigência do exame da Ordem dos Advogados do Brasil. "É través dele que temos uma melhor seleção dos profissionais que estarão no mercado de trabalho defendendo nossos valorosos bens jurídicos.”
Para o deputado Leonardo Araújo (MDB), "o bom senso diz que não se deve acabar o exame da OAB, uma vez que a prova da Ordem é uma espécie de nivelamento para que o profissional possa estar apto a desempenhar o exercício profissional”.
O parlamentar afirmou que, mesmo com o exame, ainda se vê muitos profissionais despreparados atuando no mercado. “Então, extinguir o exame é facilitar a permanência de profissionais cada vez mais desabilitados, atuando no exercício da advocacia”, alerta.
Na opinião do presidente da Comissão de Exame de Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará, Guilherme Eliano, não há rigor na prova aplicada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “O exame está na medida certa de aplicação”, frisa.
“Totalmente contrário ao fim do exame” ele acrescenta que a prova não tem o condão de avaliar a faculdade, e sim o aluno e futuro profissional. “Saber se o futuro advogado tem ou não condições mínimas de atuação na advocacia, tendo em vista que ao advogar, estará lutando com o que há de mais valioso na vida de outras pessoas: a vida, o patrimônio e a liberdade”, pontua.
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