O músico, então com 76 anos, apresentou-se acompanhado pelo Quinteto da Paraíba, Camerata Brasílica, Quinteto Latino-Americano de Sopros, Brazilian Trombone Ensemble, Sexteto Brasil e por sua esposa, a compositora Glória Gadelha.

O repertório se baseia no CD “Terra de Esperança”, último registro do músico em estúdio, pela gravadora Kuarup. Tem ainda duas músicas com a Orquestra Sinfônica da Paraíba e Sivuca.

Sivuca nasceu em 26 de maio de 1939, no município de Itabaiana, em João Pessoa (PB), e morreu em 14 de dezembro de 2006, após dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004. Foi maestro, compositor, cantor brasileiro, em que compôs canções seguindo os ritmos choro, frevo, forró, baião, blues, jazz, música clássica e outros.

O músico ganhou a sanfona de presente do pai aos nove anos de idade. Aos 15 anos, ingressou na rádio Clube de Pernambuco, no Recife. Em 1948 fez parte do cast da rádio Jornal do Comércio.

A partir de 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações musicais na Europa, como acordeonista do grupo Os Brasileiros, Sivuca chegou a morar em Lisboa e Paris, em 1959. Ele foi considerado o melhor instrumentista de 1962 pela imprensa parisiense. Gravou o disco “Samba Nouvelle Vague” (Barclay), com vários sucessos de bossa nova.

Também morou em Nova York, de 1964 a 1976. Nessa época, foi autor do arranjo do grande sucesso “Pata Pata”, de Miriam Makeba.

Sivuca compôs trilhas para os filmes “Os Trapalhões na Serra Pelada” e “Os Vagabundos Trapalhões”, ambos de 1982. Um dos álbuns musicais mais simbólicos da trajetória musical do artista é “Sivuca Sinfônico” (Biscoito Fino, 2006), em que ele toca ao lado da Orquestra Sinfônica do Recife sete arranjos orquestrais de sua autoria, um registro inédito e completo de sua obra erudita.

Produzido por Fátima Abreu e apresentado por Gerardo Anésio,  Gonzagando vai ao ar às quintas-feiras, a partir das 20h. A reprise acontece aos domingos, às 6h.
WT/CG