O deputado Walter Cavalcante (MDB) lamentou que a venda do BNB seja vislumbrada por membros do Governo Federal, uma vez que é um banco de primeira linha, que tem lucro e o governo como majoritário. Para o parlamentar, uma possível venda iria de encontro ao que o presidente Jair Bolsonaro afirmou sobre geração de mais concorrência entre as instituições financeiras.
“É uma instituição que vem dando condições aos empreendedores de gerar emprego e renda. O Ceará e o Nordeste brasileiro têm sido contemplados com a boa administração que o BNB realiza”, ressaltou.
O deputado Heitor Férrer (SD) afirmou que acredita que o BNB tenha sido omitido da fala do secretário por “puro esquecimento”. “O BNB éum patrimônio brasileiro com efetiva atuação no Nordeste brasileiro e tem uma importância enorme para esta região”, indicou.
O parlamentar ressaltou que, através dos recursos do banco, especialmente liberados para atuação nos estados nordestinos, há uma garantia de desenvolvimento. “Na minha impressão, foi por pura falta de lembrança do banco. Nós temos lideranças fortes no sentido de impedir que isso possa acontecer”, reiterou.
“Nós, como parlamentares, como empresários, ficamos preocupados, porque o BNB é um banco de desenvolvimento que ajudou muitas empresas a se instalarem no Ceará e no Nordeste, gerando milhares de empregos”, afirmou a deputada Fernanda Pessoa (PSDB). A parlamentar salientou que a bancada do Nordeste na Câmara Federal tem papel muito importante e vai agir em defesa do BNB, com o apoio dos parlamentares estaduais.
Já o deputado Carlos Felipe (PCdoB) afirmou ver a afirmação do secretário de Desestatização com muita preocupação, uma vez que “qualquer gestor municipal, estadual, qualquer pequena, microempresa e empresário sabe da importância do BNB na economia do Nordeste. A gente sabe que o maior gerador de emprego e renda é o pequeno e médio empresário, ele que movimenta a economia”, elencou.
“Prefiro crer que essa equipe econômica, quando se aprofundar e vir a dimensão do que o BNB faz, vai retroagir. Eu espero que ocorra”, reforçou Carlos Felipe. O deputado afirmou que fará requerimento para ser votado na ALCE e encaminhado para todas as Assembleias Legislativas do Nordeste, para que seja feita uma moção sobre a importância do BNB.
Para o deputado eleito Romeu Aldigueri (PDT), o secretário está equivocado e cometeu um lapso em sua fala, já que o presidente Bolsonaro afirmou ter uma cartilha com programa de investimentos para o Nordeste.
“O BNB existe por si só, é um banco que gera crédito, que tem lucro, um banco de desenvolvimento de uma região semiárida diferenciada, com enormes desigualdades sociais, e faz um serviço essencial no Brasil, no Nordeste brasileiro, no norte de Minas Gerais e no norte do Espírito Santo”, indicou Aldigueri. O deputado ressaltou ainda a necessidade de que instituições como o BNB e o Banco da Amazônia não só continuem existindo, mas sejam fortalecidas.
SA/LF