Você está aqui: Início Últimas Notícias "The Guardian" destaca trabalho do Comitê pela Prevenção de Homicídios
De acordo com a reportagem, intitulada “A child is killed daily: saving lives in Brazil´s deadlist city for adolescents” (Uma criança é morta diariamente: salvando vidas na cidade mais mortal do Brasil para adolescentes), em 2017, Fortaleza se tornou a capital com o maior registro de assassinato de crianças e jovens entre 10 e 19 anos, com 414 casos. Porém, ao mesmo tempo em que crescem os índices de violência na cidade, a matéria ressalta que ganham força movimentos de proteção aos jovens em situação de vulnerabilidade social, como o Comitê da Assembleia.
Para o deputado Renato Roseno (Psol), relator do CCPHA, o jornal britânico tem relatado as situações de violência na América Latina, já tendo abordado inclusive a questão da violência e da tortura nas unidades socioeducativas do Ceará. “Trata-se de um noticiário respeitabilíssimo na Europa e em todo o mundo, sendo gratificante saber que o trabalho do Comitê está repercutindo em nível internacional”, disse.
Na matéria, Renato Roseno afirma que a maioria das mortes de adolescentes no Estado são evitáveis e reforça as recomendações de políticas públicas formuladas pelo Comitê. O parlamentar cita ainda exemplos de cidades como Bogotá e Cali, na Colômbia, em que políticas que incluem mudanças no modelo de segurança pública e investimentos em urbanização social ajudaram a reduzir taxas de homicídios.
Na última quarta-feira (12/12), o CCPHA foi agraciado, durante o segundo expediente da sessão plenária, com o prêmio “Best of Unicef Research 2018”, concedido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em reconhecimento à publicação "Trajetórias Interrompidas", elaborada pelo Comitê. É a primeira vez que uma pesquisa brasileira recebe essa premiação. O estudo buscou compreender as causas dos homicídios de adolescentes em Fortaleza e em outros seis municípios cearenses, bem como apresentou recomendações para a prevenção desses crimes.
O CCPHA foi criado em 2016, na Assembleia, com o objetivo de promover o diálogo com diferentes setores da esfera pública, conselhos de defesa da criança e do adolescente e organizações da sociedade para ofertar recomendações de prevenção ao assassinato de jovens.
RG/RM