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Militares no Governo dividem opiniões no Ceará - QR Code Friendly
Terça, 11 Dezembro 2018 04:54

Militares no Governo dividem opiniões no Ceará

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O governo de Bolsonaro será o mais militarizado desde a redemocratização. Além do próprio presidente, capitão reformado, e seu vice, o general da reserva Hamilton Mourão, já são sete nomes de carreira militar ocupando ministérios. O número é maior, inclusive, que em alguns governos do período da ditadura: Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, respectivamente terceiro e quarto presidentes do período, contavam apenas com quatro militares nos ministérios. Com o provável número de 22 ministérios no novo governo, a proporção de militares é de algo próximo a um a cada três ministros.   No Ceará, assim como no restante do País, as posições dos parlamentares sobre essa preponderância variam entre entusiasmo com os perfis dos nomes apresentados e preocupação quanto a o que isso poderá representar no novo governo. O vereador Soldado Noelio (Pros) considera que não há problema com as nomeações nesse sentido, destacando a proximidade do presidente com os indicados. “Não vejo problema algum, até porque Bolsonaro foi militar e conheceu de perto a competência desses profissionais. Ele chegou ao poder de forma democrática e tem liberdade, como presidente, de escolher pessoas que acredita que são qualificadas para participar da gestão do Governo Federal”, disse.   O parlamentar nota que há um pensamento preconceituoso por parte de determinados setores no sentido de associar pessoas de patente militar a uma ideia de autoritarismo. “Só porque a pessoa é militar, isso não retira dela o direito que cidadão tem de ocupar cargo público, ao qual ela tenha sido convocada por sua competência”, pondera. Em seu próprio caso, no entanto, conta que não tem sentido esse preconceito, ressaltando que a população tem visto nesses profissionais capacidade e qualificação para melhorar, em particular, a área da segurança.   A opinião difere da do deputado estadual Renato Roseno (Psol), que considera que há um grande desequilíbrio no novo governo, no que diz respeito à representação da população. “O que está havendo é uma militarização da política. É um peso desproporcional ao que a sociedade brasileira é, é um ministério que não tem a cara da sociedade brasileira”, diz ele. Há preocupação, ainda, quanto aos rumos que o poder público poderá tomar a partir disso. “O Brasil vive o que outros países também estão vivendo, uma onda de populismo autoritário na política e ditadura de mercado na economia, e isso prejudica muito o povo, porque por um lado perde direitos e, por outro, não há possibilidade de livre manfiestação”, continua o parlamentar.   A vereadora Larissa Gaspar (PPL) já foi mais diplomática. Ele conta que, levando em conta o perfil conservador do presidente e suas posições sobre políticas de direitos humanos, estará atenta às ações do governo a partir de 2019 e que espera que a nova equipe possa fazer um bom trabalho, de modo a “reverter a atual situação de desigualdade”. Seu colega na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT), preferiu não se posicionar antes do início da gestão. “Vamos esperar, eles mudam muito”, disse.   Capitão Wagner Deputado na Assembleia Legislativa, Capitão Wagner (Pros) já destaca a formação dos nomes indicados por Bolsonaro. Segundo ele, mais importante que uma maior presença de militares no governo é atentar para a qualificação que cada um tem em sua respectiva área de atuação. “Se a gente for ver a função que cada um está desempenhando, é um técnico dessa área. O ministro da Ciência e Tecnologia é um astronauta, o que tem habilidade em Engenharia está ocupando função nessa área, e assim sucessivamente”, argumenta.   Ele salienta, ainda, o peso que tem a confiança do presidente eleito na escolha dos nomes: “É natural que, num governo de um militar, tenhamos pessoas que fazem parte de seu círculo de confiança ocupando esses cargos. O que estamos vendo, de forma mais positiva, é que os partidos políticos não estão mandando nada, esperamos que continue dando esse caráter técnico à sua equipe.”     Reprodução   Wagner, que participou das mobilizações pró-Bolsonaro durante o período eleitoral no Ceará, desponta como uma das principais lideranças no Estado em ligação com o novo governo. No dia do segundo turno das eleições, o deputado federal eleito declarou que trabalhará para viabilizar os projetos do Governo Federal em sua atuação na Câmara.
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