O deputado  Carlos Felipe (PCdoB) ressalta que todas as campanhas nesse sentido são positivas. “Mas se faz necessário um trabalho permanente”, diz. Para ele, uma campanha pontual, como a Novembro Azul, consiste em um momento de reflexão da sociedade.

Carlos Felipe, entretanto, considera que estímulos contínuos podem gerar mais resultados. “O Governo premiou municípios que conseguiram reduzir seus índices de arboviroses no ano passado. Premiações como essa, realizadas por meio de uma campanha contínua, são uma ótima forma de fazer a população aderir a essas iniciativas”, frisa.

Já o deputado Heitor Férrer (SD) concorda com os internautas, mas levanta outra questão. Para ele, iniciativas educativas como a Novembro Azul sempre são extremamente relevantes. "O problema é a hipocrisia dos governos”, acrescenta. O parlamentar explica que no Ceará, por exemplo, o Governo faz esse tipo de campanha, mas não assiste o cidadão de forma digna.

O radioterapeuta Fernando Bastos concorda com a maioria dos internautas e considera a campanha de fundamental importância. “O grande objetivo é despertar as pessoas que ainda não entenderam a importância de se realizar um diagnóstico precoce, até para garantir a qualidade de vida após o tratamento”, aponta.

O especialista observa que as pessoas só costumam buscar ajuda profissional quando o tumor já se instalou e os sintomas já estão em estágio avançado. Ele lembra, entretanto, que é preciso desmistificar as formas de identificar o câncer, algo que ainda “imobiliza” os homens.

“Dá para se descobrir pelo exame de sangue, por ultrassom, e pelo toque retal, algo que ainda inibe a maioria dos pacientes, mas é importante pensar que um diagnóstico precoce pode garantir a qualidade de vida e a potência sexual após o tratamento, já que esse é um dos maiores medos das pessoas”, afirma.

O Novembro Azul foi inspirado em um movimento internacional, com a finalidade de prevenir a doença e financiar pesquisas na área. O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, hoje essa é a segunda causa de morte por câncer e corresponde a 6% do total de óbitos por esse grupo. Um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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