Antes da fama, quando ainda vivia na pequena Santo Amaro da Purificação e a Bossa Nova de João Gilberto e companhia não havia estourado nas rádios do Brasil afora, era Gonzagão, em seu auge de popularidade nas décadas de 1940 e 1950, uma das principais inspirações musicais do jovem Caetano Veloso. Mais tarde, ao se tornar conhecido nos festivais de canções no Rio de Janeiro, o cantor e compositor baiano fazia questão de dizer que aquela toada tocada por ele não era outra coisa senão Luiz Gonzaga.

Outro baiano, Gilberto Gil, sempre se declarou discípulo e devoto de Gonzagão, a quem chama em entrevistas de “grande mestre do Araripe”. Para o carioca Milton Nascimento, a influência do rei do Baião também foi importante.

As regravações, parcerias e homenagens e a influência exercida pelo Rei do Baião nesses setentões da MPB serão mostradas no programa semanal de uma hora, produzido pela jornalista Fátima Abreu, diretora da FM Assembleia.

O repertório inclui canções do álbum “Fé na Festa”, quinquagésimo sétimo da carreira de Gilberto Gil, lançado em 2010. A faixa “Aprendi com o Rei” é uma clara referência a Luiz Gonzaga. O ouvinte poderá conferir ainda as célebres regravações de Asa Branca, por Caetano, e a toada Luar do Sertão (1914), de autoria de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense, interpretada por Milton Nascimento e Luiz Gonzaga.

O Gonzagando é apresentado por Gerardo Anésio e vai ao ar nas quintas-feiras, a partir das 20h. A reprise acontece aos domingos, a partir das 6h.  
DA/AT