Uma intérprete conhecida por sua competência vocal, musicalidade e presença de palco, Elis foi considerada por muitos críticos a melhor cantora popular do Brasil a partir dos anos 1960. Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria.

Elis Regina cantou muitos gêneros: MPB, bossa nova, samba, rock e jazz, interpretando canções como “Romaria”, “Madalena”, “Águas de Março”, “Atrás da Porta”, “Como Nossos Pais”, “O Bêbado e a Equilibrista” e “Nada Será Como Antes”. Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas ainda pouco conhecidos à época, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc e João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro.

Em abril de 1965, em Guarujá, cidade de São Paulo, Elis defendeu a música “Arrastão”, de Vinicius de Moraes e Edu Lobo, vencendo o I Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Excelsior. Tal feito lhe garantiu o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira.

Em outubro de 1967, Elis Regina conquistou o prêmio de Melhor Intérprete no III Festival da Record com a música “O Cantador”, de autoria de Dori Caymmi e Nelson Motta. No dia primeiro de junho de 1968, foi realizada a final da I Bienal do Samba, evento promovido pela TV Record de São Paulo, que teve como vencedora a composição "Lapinha", de autoria de Baden Powell e Paulo César Pinheiro, defendida por Elis Regina e Os Originais do Samba.

O programa Sons dos Festivais traz ainda interpretações e composições de Ricardo Bezerra, Banda Rivera, Jacob do Bandolim, Nya Maia, Sidney Miller, Lô Borges, Ricardo Black, Chico César, Gilvandro Filho, Gilson Espíndola e Luís Carlos de Castro, entre outros.

Com produção de Nazicélia Costa e apresentação de Haroldo Holanda, o programa Sons dos Festivais vai ao ar às quartas-feiras, às 20h, com reprise aos sábados, às 16h.

BD/LF