Você está aqui: Início Últimas Notícias Descarte de óleo de cozinha em hospitais e escolas motiva matéria na AL
A proposta foi apresenta por meio do projeto de indicação nº 12/18, em tramitação na Assembleia Legislativa. Se aprovada, a medida valerá apenas para hospitais e escolas que produzem a própria alimentação.
Dr. Santana revela que, além de afetar de forma negativa o solo e os mananciais, o óleo de cozinha também causa danos à atmosfera. Segundo o parlamentar, o óleo usado, ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. “Esse óleo incrustado nos encanamentos dificulta a passagem das águas pluviais e causa o extravasamento de água na rede de esgoto e o seu entupimento, o que leva ao mau funcionamento das estações de tratamento”, esclarece.
Dr. Santana ressalta que, apesar de o esgoto contaminado ser separado da água ao chegar nas Estações de Treinamento de Esgoto (ETEs), o tratamento é feito com apenas 68% do volume total do esgoto. “Isso significa que o óleo acaba chegando aos mananciais aquáticos. Além disso, o custo desse processo é alto, correspondendo a cerca de 20% do custo com o tratamento do esgoto”, precisa.
Ainda conforme o deputado, um litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos. Dr. Santana também aponta os danos que o óleo de cozinha causa aos solos, “tanto por meio das margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado no lixo comum, que acaba parando nos lixões”.
A gordura acaba também poluindo a atmosfera, acrescenta ele, vez que a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4), que ajuda a provocar o efeito estufa. “Ou seja, é capaz de reter o calor do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global”, afirma o parlamentar.
LS/PN