Baterista, percussionista e compositor mineiro, Pascoal Meirelles, nascido em 1944, graduou-se no Berklee College of Music, em Boston. Iniciou como músico profissionalmente fazendo bailes e atuando em casas noturnas. Fundou em 1964, junto com o baixista Paulo Horta e o pianista Helvius Vilela, o grupo Tempo Trio.

Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro, convidado para participar do grupo do saxofonista e clarinetista, Paulo Moura. Foi parceiro artístico por mais de 10 anos de Gonzaguinha e trabalhou com Hélio Delmiro, Wagner Tiso, Chico Buarque, Edu Lobo, Luís Bonfá, entre muitos. É um dos fundadores, junto com Mauro Senise, do grupo “Cama de Gato”. Chegou a ministrar workshops em várias cidades brasileiras e países como Dinamarca, Suécia e EUA.

Já o músico Paulo Moura (1932-2010) foi maestro, compositor, arranjador, saxofonista e clarinetista brasileiro de choro, samba e jazz. Começou a tocar piano e clarineta em São José do Rio Preto (SP), onde nasceu. Considerado um dos principais nomes da música instrumental do Brasil, fez muitas parcerias com a cantora Maysa, de 1969 a 1975. Em 1982 compôs a trilha sonora do filme O Bom Burguês, dirigido por Oswaldo Caldeira.

Em 2005, fez turnê nacional e internacional com o espetáculo Homenagem a Tom Jobim; e teve participação do documentário Brasileirinho, do finlandês Mika Kaurismaki que, em 2005, foi uma das atrações da mostra fórum do Festival de Berlim. Apresentou-se pela última vez no Copacabana Palace, em  evento da Sachal Records.

O programa traz ainda a participação do carioca trombonista e saxofonista Raul Souza , nascido em 1934. Do bairro Bangu, começou a tocar trombone aos 16 anos, na banda da Fábrica de Tecidos de Bangu. Ao longo de sua carreira artística, tocou com o músico e compositor Sérgio Mendes, com quem excursionou pelos Estados Unidos e Europa. Também foi integrante da Orquestra Carioca da Rádio Mayrink Veiga. Em 1965 gravou o primeiro disco individual, "À Vontade Mesmo". Foi o inventor de "souzabone", um trombone com quatro válvulas, uma a mais do que no instrumento tradicional.

O programa apresenta ainda o trabalho do violinista e compositor paraense Sebastião Tapajós, nascido em 1942. Ele começou a tocar violão ainda criança com o pai. Em 1964, mudou-se para a Europa, onde estudou violão no Conservatório de Lisboa e no Instituto de Cultura Hispânica de Madrid. Ao retornar ao Brasil, recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém, onde lecionou até julho de 1967.

Em 1998, compôs a trilha sonora do longa-metragem paraense Lendas Amazônicas. Estreou, em 2005, o espetáculo O Violão e a Bailarina, no Rio de Janeiro. Em 2010, fez a direção artística do CD Cristina Caetano interpreta Sebastião Tapajós e Parceiros. No ano seguinte, produziu e lançou os CDs Cordas do Tapajós e Conversas de Violões. Em 2013 lançou e realizou turnê nacional com o CD Da Lapa ao Mascote, e lançou, também nesse ano, o DVD Sebastião Tapajós e amigos solistas.

Produzido por Ronaldo César, o Acordes do Brasil vai ao ar aos domingos, a partir das 11h. A reprise acontece às segundas-feiras, às 23h.

LS/CG