Paraibano de João Pessoa, nasceu em 1935 e foi com a família para o Rio de Janeiro, em 1951. A então capital do País era terreno fértil de novas manifestações culturais e o cenário ideal para a entrada na carreira artística. A primeira aparição em festivais ocorreu em 1955, na TV Rio, interpretando a canção "Menina", de Carlos Lyra.
Geraldo Vandré acabou cedendo às pressões da família e entrou para a faculdade de Direito, mas manteve o contato com a música. Fez parcerias com artistas como Baden Powell, Alaíde Costa e Chico Buarque. Gravou o primeiro álbum, em 1964 e, em 1966, venceu o II Festival da Música Popular da TV Excelsior, interpretando "Porta-estandarte", composta em parceria com Fernando Lona.
O artista ganhou destaque nacional em 1966, quando venceu o Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a canção "Disparada", interpretado por Jair Rodrigues.
Em 1968, Geraldo Vandré protagonizou uma dos momentos mais emblemático da história dos festivais. No III Festival Internacional da Canção da TV Globo, a composição “Pra não Dizer que não Falei das Flores” ficou em segundo lugar, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. O público vaiou o resultado, exigindo que a música de Vandré fosse a campeã, mas o prêmio ficou com Sabiá.
Perseguido pela ditadura militar, o artista partiu para o exílio no Chile, depois morou na Argélia, Alemanha, Grécia, Áustria, Bulgária e França. Voltou ao Brasil em 1973, mas decidiu se afastar dos palcos.
Produzido por Nazicélia Costa e apresentado por Haroldo Holanda, o Sons dos Festivais vai ao ar às quartas-feiras, às 20h, com reprise aos sábados, às 16h.
JM/AT