Você está aqui: Início Últimas Notícias Público destaca importância de debater o impacto das notícias falsas na web
O jornalista e professor Alisson Marques é mestrando em Comunicação e está escrevendo sua dissertação sobre fake news. Ele ressalta que, hoje, com o advento da web 2.0, todo mundo cria e compartilha conteúdo, mesmo sem checar. “O usuário comum não está habilitado para identificar se a notícia é falsa, ele não abre o Google para verificar se a notícia está em outros sites, ele não costuma fazer essa apuração”, explica.
O jornalista acredita que a disseminação de notícias falsas só irá diminuir se for feito um trabalho de conscientização e educação, que só deve ter efeito num longo prazo. "O Facebook por exemplo, diz que está estudando formas de combater a propagação de notícias falsas. Mas como o usuário irá identificar se nem o Facebook sabe identificar quando um perfil é falso? É tudo muito novo", ressalta.
Para o repórter da TV Verdes Mares Alisson Ferreira, é importante que todos entendam que a internet não é um espaço sem lei. “Hoje, todo mundo se considera um pouco jornalista e acha que está propagando informações em redes sociais. Mas quando você fala alguma coisa errada pode prejudicar alguém, às vezes, para o resto da vida. Por isso esse debate é fundamental. A gente ainda está dando os primeiros passos para que as pessoas avaliem melhor antes de publicar”, pontua o jornalista.
A assessora de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado, Fátima Holanda, lembra que muitas pessoas compartilham muita coisa sem ler - e de sites de qualidade duvidosa - e que isso se torna mais preocupante este ano. “Estamos quase entrando num período de campanha eleitoral, que deverá ter muitos casos de fake news. Às vezes, até a imprensa cai na história e pauta a notícia falsa”, alerta.
O estudante de Informática Victor Almeida, da Universidade Estadual do Estado do Ceará (Uece), tem interesse no tema do debate e também quer contribuir, trazendo ao evento informações sobre o movimento Pro-Truth Pledge, que iniciou nos Estados Unidos por causa da onda de fake news, especialmente na campanha presidencial que elegeu Donald Trump.
Segundo ele, o movimento estimula que os usuário de redes sociais assinem um compromisso baseado em três princípios propostos, que são honrar, encorajar e compartilhar a verdade. “É um juramento mais formal de defender esses ideais e aplicar. Você não vai compartilhar notícias das quais não sabe a procedência, e seus amigos que assinaram, você pode advertir sobre a notícia que eles compartilharam”, explica o universitário.
Beatriz Cunha Freire, aluna de Informática da Uece, também apoia a iniciativa do Pro-Truth Pledge e ressalta que “o movimento quer lutar contra a pós-verdade para chegar a um futuro da pós-mentira, e esse tipo de evento contribui para engajar a população a buscar a verdade, porque tem que vir de todo mundo”, pontua a estudante.
Outras Informações sobre o evento nos links: https://goo.gl/wje4JL e https://goo.gl/F2vQYf
JM/CG