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Coluna Érico Firmo - QR Code Friendly
Quarta, 07 Fevereiro 2018 05:02

Coluna Érico Firmo

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Um olho na oposição, outro na base Surgem muitos nomes e especulações sobre nomes da oposição para disputar o Governo do Estado. Nenhum até agora com perspectivas concretas de vitória. Tende a ser candidatura para marcar posição. A definição deve ocorrer até maio, mas, com a tendência por um nome novo e desconhecido, o provável escolhido deve ir à rua até abril, ao final da janela para troca de partido, para ser testado.Opções aparecem e submergem. O empresário Geraldo Luciano disse que não quer. Beto Studart também afirmou que não será candidato, mas, vira e mexe, o nome dele ressurge. No ano passado, ele pode ter feito gesto calculado. Afirmou que não concorrerá nem a deputado, nem a senador, nem a vice-governador. Não citou governador. Talvez por nem cogitar a possibilidade. Talvez para deixar a hipótese em aberto.Surgiram ainda os nomes do advogado Caio César Rocha, filho do ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), César Ásfor Rocha, e do empresário Deusmar Queirós, da Pague Menos. Cada partido deve trabalhar internamente suas alternativas.São todos personagens com carreiras fora da política, com trânsito no meio político e empresarial. São filiados ou próximos a PSDB e DEM. O aspecto curioso: muitos deles têm boas relações com o governador Camilo Santana (PT). Aliás, não fosse o fato de Camilo ser petista, seria muito provável que ele formasse aliança até com PSDB e DEM. Pela incompatibilidade nacional, o PSDB não vai com ele de jeito nenhum. Já o DEM…A CANDIDATURA OU A VICE O DEM está hoje na base aliada dos Ferreira Gomes. Principal nome do partido no Estado, Moroni Torgan é vice-prefeito de Fortaleza. Chiquinho Feitosa, presidente estadual da legenda, também é simpático ao governador. Aliás, uma das hipóteses para o surgimento de Caio Rocha, filiado ao DEM, como opção para o governo é que o movimento seja forma de valorizar o partido nas negociações para, quem sabe, garantir a Feitosa a vaga de vice de Camilo. O pleito é improvável. Nos bastidores, presidente da Assembleia Legislativa, Zezinho Albuquerque (PDT), é tratado como virtual candidato a vice de Camilo. Mas há outros interessados e tentar não custa nada.Aliás, no DEM, acabou de entrar Danilo Forte. No plano federal, ele chega forte e respaldado como governista convicto, adversário do PT. No Ceará, aproximou-se do Palácio da Abolição. De que lado ele estará na campanha local é uma incógnita.ALÉM DO DEBOCHEFoi mais grave do que deboche a entrevista do presidente do maior tribunal estadual de Justiça do País, o desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças. Ao assumir o Judiciário paulista, ele foi questionado sobre o valor que recebe de auxílio-moradia, de R$ 4,3 mil. “Acho muito pouco”, ele disso, sobre o auxílio que é quatro vezes e meia o salário mínimo.COMUNICAÇÃO SOCIAL/TJSP COMUNICAÇÃO SOCIAL/TJSP Um jornalista indagou sobre o fato de ele receber auxílio para morar, apesar de ter imóvel na cidade onde trabalha. Ele seguiu tripudiando. “Tenho vários imóveis, não só um”.Essa é a parte do escárnio. Não é a mais séria. Grave, mesmo, é isso: “Na verdade, o auxílio-moradia é um salário indireto”. Ele reclamou que há defasagem de remuneração, de R$ 30,4 mil. Vá lá que seja. Mas o teto salarial é constitucional. “Salário indireto” é forma de driblar o teto. Agora, vai jornalista escrever que o magistrado ganha R$ 30 mil, mais R$ 4 mil de auxílio- moradia, mais auxílio-saúde, mais auxílio-alimentação… Logo virão dizer que não é salário. Na hora de defender o benefício indefensável, aí vira salário indireto...Mas talvez nada seja mais grave que quando o magistrado diz: “Cada um tem de agir com a ética que entende que é adequada”. Isso é o que tem ocorrido na política desde sempre. Cada um age com uma própria ética. O magistrado é julgador. Tem nas mãos o destino de muita gente, de questões públicas e privadas. Não pode tratar ética como se fosse algo que cada um decide individualmente, conforme as conveniências, e está tudo bem.
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